quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O EXAGERO ESTRAGA QUALQUER COISA. ATÉ AS BOAS


O “politicamente correto” é uma chatice.


No Brasil é assim: as coisas entram na moda e aí todo mundo acredita que não há outra coisa correta. Só presta o que estiver dentro daquele modelo. Na minha adolescência, a moda era falar mal do Brasil. Quando andávamos na rua e alguém via um cocô de cachorro no chão, avisava ao outro: “Cuidado com o Brasil aí.” Só o que era de fora prestava. Já tem um tempo que o politicamente correto entrou de vez para esta lista. O problema está no exagero. Não acho errado ser politicamente correto, se isso não for usado como uma desculpa para ficar em cima do muro, como muitos estão fazendo. É muito mais fácil se colocar numa zona de conforto para não ter que dar sua opinião verdadeira sobre tal assunto e ainda fazer pose de bonzinho, sendo 'politicamente correto'.

Sinceramente acho que há muito exagero no Brasil. E saibam que ninguém é mais patriota do que eu, mas não posso esconder as partes ruins e nem deixar de fazer a minha parte para melhorá-las.

Vou dar alguns exemplos aqui e espero não ser mal interpretado. Vamos começar pelas crianças. Vejamos o tal 'bulling'. Não acho correto, muito menos sou a favor dessa prática. Acho que realmente deve ser observada com cuidado pelas entidades que cuidam, principalmente das crianças, mas vejo muito exagero na questão. Fui criança, um dia, e na minha escola (pública) brincávamos e zoávamos tudo e todos. Faz parte da essência do ser humano. As crianças são crués, por natureza. Vejam os desenhos animados mais vistos, na minha época. Pica-Pau. Pura crueldade. Tom e Jerry. Idem. Papa Léguas. Coitado do Coiote. Popey. O Brutos era mau e sofria muito. Esses eram sucesso, porque está na essência da criança a questão da crueldade. Quiseram proibir a exibição de alguns títulos citados acima. É um exagero tremendo. As crianças devem ser orientadas e não tolidas. Existem vários pontos positivos nas brincadeiras, como a criatividade, por exemplo. Tolir, proibir, censurar, pode inibir uma vocação natural ao humor, à escrita, às artes. Claro que as questões devem ser analisadas por profissionais que vão saber o limite entre a brincadeira e a ofensa. Até onde a criança está sendo maltratada e até que ponto ela deve ser estimulada a se defender. A brincadeira (com limites, é claro) é parte importantíssima do desenvolvimento dela como ser humano.

Outra exagero relativo a crianças é a Lei que proíbe os pais de bater em seus filhos. Tenho um filho de 4 anos. A responsabilidade legal por ele é minha. A responsabilidade de formar um cidadão de bem também. Portanto, declaro que, mesmo com a Lei, se eu achar que ele merece, dou uns tapas mesmo e não quero saber. Criança tem que aprender o que é limite. Fui criado assim e acho que deu certo. Tudo tem limite, inclusive bater em seus filhos. Impor limite com uns tapas é uma coisa, espancar menores indefesos é outra. O espancamento, os maus tratos de menores tem que ser punidos com o mais severo rigor. Mas é uma arbitrariedade do Estado impor uma Lei que me proíba de exercer meu papel de pai. Existem pais que acreditam que não se pode bater nos filhos. E não batem. Conheço casais que não batem em seus filhos, apesar de eu achar que eles às vezes merecem. Mas quem sou eu pra dizer uma coisa dessas. Imagine então que o Estado fizesse uma Lei que impusesse que todos os pais devessem bater em seus filhos. Como se sentiriam os que acreditam que não se deve bater. Novamente, o problema é o exagero.



Vamos a outra questão muito polêmica. O racismo. Óbvio que sou contra qualquer tipo de racismo. Mas também vejo exageros claros. As crianças brasileiras quase foram severamente punidas por causa de um exagero na questão racial. Em 2012 o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) impetrou uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) querendo proibir a obra “As caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, alegando que a obra tem 'conteúdo racista'. Façam-me o favor!!!! Para proibir essa obra desse gênio da literatura infantil, teríamos que proibir todas as obras deste mestre, pois todas têm o conceito do campo da época. Quantas obras teriam que proibir, por esse motivo? Chica da Silva, por exemplo, O Negrinho do Pastoreiro, talvez?





E o que dizer dos programas de televisão de antigamente. Alguns não teriam a menor chance de ir ao ar, hoje em dia. Sérgio Mallandro tinha o programa infantil “A Hora do Capeta”. Será que conseguiria? E os programas humorísticos? Jô Soares faria, hoje, o Viva o Gordo, que depois se chamou Veja o Gordo? Alguns personagens do mestre Chico Anísio, poderiam ser criados, hoje? Painho, por exemplo, pedindo para Cunhã pegar suas 'chinelas' e demostrando extremo nojo da menina, como seria visto por essa sociedade politicamente correta? E Tim Tones? Mas vemos tranquilamente jovens com micro-saias rebolando ao som do funk durante à tarde. Isso pode. O quero dizer é que todo extremismo vicia e limita os pensamentos. Faz você enxergar as coisas por um só ângulo. Não te dá o direito nem de olhar para o diferente. O extremismo é nocivo à sociedade, seja na política, na religião, ou em qualquer área.

A censura, por si só, já é um exagero. Nós, brasileiros, sofremos com ela e espero que não volte, apesar de haver casos recentes de censura. No dia 31 de julho de 2009, desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), proíbiu veículos de publicarem reportagens sobre a Operação Boi Barrica. Uma tentativa de voltar a 'Lei da Mordaça' em veículos de comunicação.

Entenda o caso:




Essa chatice do politicamente correto levada ao extremo influenciou até o futebol. Os jogadores agora quase que obrigatoriamente têm que ter dois nomes, já repararam? Felipe Gabriel; Diego Maurício; Thiago Neves; Márcio Azevedo; e tantos outros. Onde estão aqueles nomes de antigamente que nos faziam rir, às vezes, só de ver a escalação? Manga; Didi; Quarentinha; Garrincha; Dadá Maravilha, Pelé, Zizinho, Zico, Tita... Alguns a gente não sabia nem o nome e outros, conhecidos pelo nome, faziam questão de ter o apelido divulgado. Gerson era o Papagaio; Jairzinho era o Furacão da Copa, etc. Aquele time campeão de tudo do Flamengo dos anos 80, todos tinham apelido: Raul (Velho), Leandro (Peixe Frito), Mozer (Vampiro), Marinho, Junior (Capacete); Andrade (Tromba), Adilio (Neguinho da Cruzada), Zico (Galinho de Quintino); Tita (Coringa) Lico e Nunes (João Danado). Mas hoje, poucos têm apelido. O garoto já chega da base com nomes compostos. Quando chegam ao profissional com apelido, os próprios técnicos 'orientam' a trocar por nomes. Exemplo recente, foi em 2010, o então técnico do Flamengo, Wanderlei Luxemburgo, pedir para a imprensa chamar Negueba, jogador recém-chegado da base, de Guilherme, seu nome de batismo, porque achava que o apelido podia prejudicar sua imagem. Sinceramente, isso é uma chatice, como diz meu colega da Rádio Globo, Felipe Cardoso. Outra coisa imposta no futebol é a política contra o drible. O jogador que dribla muito é acusado de estar 'humilhando' o adversário. Mas o que é isso? Essa é a nossa essência. É o que diferencia o nosso futebol dos demais. Onde está o 'futebol moleque'? Não pode mais. Será que Garrincha, Julio Cesar, Rivelino, e tantos outros fariam tanto sucesso, hoje em dia? Podemos estar tolindo o aparecimento de novos craques e mudando nossa essência, por conta de um tal politicamente correto.



Falemos das propagandas. Os publicitários devem estar de cabelos em pé. O número de propagandas proibidas, censuradas, investigadas, só aumenta. A criatividade sendo tolida por conta de exageros claros. Lembro de uma propaganda das Havaianas em que uma menina almoçava com a avó numa mesa de restaurante e chegava o Cauã Reymond e sentava em outra mesa. O motivo de tanto “alarde” a respeito dessa propaganda, foi por conta de uma parte no diálogo entre a neta e avó que afirma em dado momento: “Mas quem falou em casamento? To falando de sexo.” A propaganda não chegou a ser proibida, porque a agência que criou o anúncio usou da criatividade se antecipando à proibição e colocando outra propaganda no ar chamando para o link no You Tube (abaixo) para as pessoas darem suas opiniões. Sinceramente, nada de mais.








Outra propaganda censurada foi da Skol. Essa nem foi pro ar. (link abaixo) Na hora do casamento o padre pergunta ao noivo: você promete ser fiel? E ele responde: só se ela prometer ficar gostosa pra sempre. A mãe, por exemplo, ficou um bucho. Achei engraçado e não entendi a razão da proibição. É uma propaganda, gente. Não é realidade. Não é notícia. Não é pra ser levado a sério. Não está fazendo propaganda enganosa e nem lesando o consumidor. É humor.





O alvo do momento é a propaganda da Gillette. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu processo contra a propaganda da marca, depois de denúncias de preconceito contra homens peludos. A propaganda diz que as mulheres preferem os homens sem pelo. Ora, ninguém vai se sentir obrigado a se depilar porque a Gillette está dizendo isso, pelo amor de Deus.

Obs. A P&G, detentora da marca Gillette, retirou a propaganda do You Tube.

Falando em humor, coitado dos humoristas, jornalistas e formadores de opinião. Estão sendo vítimas de enxurradas de processos, que me fazem lembrar da Ditadura Militar, impondo suas vontades. Só que agora é a própria sociedade que veta, censura, proíbe, em nome de uma 'cultura do correto'. Quero dizer à sociedade que correto é votar direito; é nossa saúde com atendimento para todos; são nossas crianças com ensino de qualidade; são nossas ruas sem buracos, bem sinalizadas e com espaço para pedestres e veículos.



Falando em governo, nem ele próprio sabe o que quer. Se posiciona com a política de transportes públicos. “Usem o transporte público!!” Querendo embarcar na onda de cuidar do meio ambiente, mas não temos um transporte de qualidade. Além disso, o próprio governo isenta os carros do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ao primeiro pedido da indústria automobilística. Ué? É pra incentivar a venda de carros? Ou seja “Compre carro, mas ande de ônibus”.

Os exemplos são muito e tenho certeza de que se você leu até aqui, está lembrando de alguma coisa que o politicamente correto está influenciando.

Então, tá. Não deixe de comentar e me dizer o que você acha que o politicamente correto modificou.

Abç.

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

SOMOS TODOS PALHAÇOS GOLOBAIS NO CARNAVAL



Será que alguém gostou da transmissão do “Carnaval da Globo”? Será que alguém da Globo está preocupado com isso? Sinceramente, não acredito. Se para eles o carnaval serve pra mostrar Pantene, Tim, Renaut, Bradesco, marmita da tia Zizinha que estava na arquibancada, então foi ótimo. O que eles menos mostraram era o mais importante. As escolas.

Há anos venho dizendo que o formato de transmissão deles é péssimo. Sem falar na questão da exclusividade nas transmissões, que já tratei aqui no blog no post “EXCLUSIVIDADE NOCIVA”. Por causa dessa exclusividade, ninguém vai ver o desfile das campeãs este ano, pois a Globo não vai passar e não cedeu os direitos de transmissão para nenhuma outra emissora. Eles tentaram até melar a transmissão da Champions League, mas a UEFA (União das Federações Europeias de Futebol) não deixou. A Globo não iria passar um jogo, mas a UEFA obrigou a emissora a transmitir ou ceder os direitos de transmissão. Lá a coisa é séria. Deveria ser assim em todos os eventos. Comprou os direitos, tem que passar ou ceder. Só assim, nós, consumidores, não sairíamos perdendo.

E eles não são horríveis só no carnaval. A cobertura do futebol e outros esportes também é péssima. O tal “Padrão Globo de qualidade”, nesses quesitos, não tem qualidade nenhuma. Eles têm transmissão em HD, “Ultra”, “Alta”, “Super” câmera lenta, “4.356” câmeras e conseguem não mostrar o que realmente interessa. Eles estabelecem um formato e vão com ele até o fim. O problema é que o formato é falho, ruim. Então são péssimos sempre, pois não mudam. Eles conseguiram estragar o UFC. Além de termos que aturar “o mala”, “o ultrapassado”, “o lunático” do Galvão Bueno, ainda cortam as entrevistas e até mentir sobre ser ao vivo já fizeram, lembram? Mas vamos falar de carnaval.

Vamos começar do início.

Desfile de domingo




Quase não vimos nada da Inocentes de Belford Roxo, coitada da escola. A Globo gastou mais tempo apresentando as “dezenas” de repórteres espalhados pela Sapucaí e periferia da avenida, camarotes de “sei lá o quê”, comentaristas que nada têm a ver com carnaval, do que a pobrezinha da escola. Agora vocês entendem porque a escola que sobe do grupo de acesso abre o desfile? É porque a Globo exige que seja assim, pois se fosse uma Beija-Flor ou uma Mangueira, eles não poderiam renegar a transmissão, como fazem com a pequena escola do grupo de acesso.

Partimos para as grandes:

A segunda escola foi o Salgueiro. Agora sim! Uma escola grande. Agora vamos assistir ao desfile todo! Só que não. Vamos ver só um pouquinho. Voltou do comercial (propagandas dos mesmos anunciantes que vimos exaustivamente durante o desfile. No “reloginho da Globo” no telão dentro do recuo da bateria, na arte gráfica nas arquibancadas e onde mais eles pudessem enfiar) e a escola já está tocando o samba deste ano. Ou seja, não vemos mais o “esquenta da bateria”. Aquele momento no qual os intérpretes (ex puxadores) cantam um samba antigo da escola e evocam os sentimentos dos componentes para mais um desfile. E o que eles mostram?

Take 1 – Ainda na curva da Presidente Vargas uma atris global qualquer, de fantasia, no chão, esperando o carro em que ela irá desfilar passar por ali para que ela entre nele. OK. E qual a pergunta “muito relevante” nesse momento em que a escola já entrou na avenida? “Qual é a emoção de desfilar pela escola tal?” Ora, faça-me o favor!!!! O que acha que a pessoas pode responder? “Ah, eu preferia estar em casa, mas vim dar uma pinta aqui”. Pô!!! Enquanto isso, estamos perdendo o desfile.

Take 2 – Uma panorâmica lá da Praça da Apoteose, só pra você ver que o desfile já começou e você está perdendo. Claro que com uma arte gráfica de uma propaganda qualquer na arquibancada.

Take 3 – Um repórter (que poderia estar de folga) na arquibancada mostrando uma marmita que a tia “Jozefa” trouxe pra família comer durante o desfile. E qual o texto desta “maravilhosa” e “relevante” informação: “Olha Luís, (Luís Roberto, narrador da Globo) tem empadão de camarão, frango, farofa... Tá bom aqui, hein”. Pelo amor de Deus!!!! A escola está passando.........

Take 4 – Vamos à dispersão com a “Fulana de Tal”. (mais uma repórter que poderia está curtindo o carnaval). E o que ela está mostrando? “Olha Luís, tudo certo aqui na dispersão, nenhum carro quebrou, os componentes saíram tranquilamente”. Sim, e qual é a notícia relevante que justifique não mostrar o desfile??!!!!

Nesse momento a escola já está quase no setor 3. Já estão na Avenida, a Comissão de Frente, o 1º casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira, O carro Abre-alas e algumas alas. E nós não vimos NADA.

Depois, de mais algumas bobagens como : “Globoleza” apresentando o nome da escola (Como se a gente não soubesse quem está desfilando faz tempo, né?), Apresentação de como vem distribuída a escola, quantos componente, quem é o presidente, e várias informações ridículas para aquela hora, pois a escola já está desfilando, ora pois, pois!!!!!

Aí começa, enfim, a transmissão. Mas continua uma porcaria. Reparem que quando a emissora começa a mostrar PARTE da coreografia da Comissão de Frente, há uma coisa escrita no chão da Avenida. É a palavra MEIO. Isso significa que metade da Marquês de Sapucaí já está tomada pela escola, pois ali é o meio da Avenida. Pois bem. Como gastaram todo esse tempo mostrando um monte de porcarias, não têm tempo para mostrar a coreografia toda, mas eles têm que estragar ainda mais. Fazem “568” takes de “4” segundos cada. Mostram de cima, cortam pra baixo, cortam outra vez pro outro lado da Avenida, de cima de novo, um close no nariz do componente, e a gente não entende quase nada da coreografia que muitas pessoas passaram meses ensaiando. Parabéns. Vocês são demais com suas câmeras maravilhosas.

Um poco do Mestre- Sala e da Porta Bandeira. Você foi ao banheiro? Acendeu um cigarro? Leu 2 posts no Face pelo celular? Já era. Sinto te informar que você não vai ver a bandeira da escola novamente, porque eles não vão mostrar. Quem mandou você se distrair?

Aí vem o Abre-alas. Novamente um show de câmeras desconexas, closes exagerados, takes que ficam muito tempo mostrando muito pouco, além dos erros de informações dadas pelos apresentadores que o coitado do Milton Cunha (carnavalesco convidado para comentar) ficava consertando a toda hora. Aliás, o Milton Cunha foi uma das poucas coisas que a Globo acertou neste carnaval. Sabe tudo de desfile. É um craque.

A sequência das primeiras alas até que não é ruim. Tirando o show de horror de câmeras psicodélicas com cortes frenéticos.


A bateria é mostrada a exaustão. Mostram por dentro, por fora, de cima de lado, a rainha, a madrinha, o mestre, os ajudantes, até o cara que dá água na boca dos ritmistas. Mas o som... O áudio fica completamente fora do ritmo que o cantor está. Como os microfones estão posicionados dentro da bateria, ouvimos o som dos instrumentos primeiro do que a voz do cantor. Fica descompassado. Acertam numa coisa e erram em outra. Eita, Rede Globo......

Nesta hora Muitas alas já passaram pelo MEIO da Avenida, ponto em que eles começam a mostrar a escola. Como perderam muito tempo mostrando a bateria, têm que correr com as alas e não mostram quase nada. E assim se segue com o resto da escola. Os últimos carros passam pelas câmeras como se fosse uma corrida. Se o desfile da escola estiver atrasado, aí essa corrida parece Fórmula 1.


O fim é ainda mais trágico. Com uma hora e sete minutos de desfile, mais ou menos (lembrando que o desfile dura uma hora e vinte minutos), o formato quadrado e arcaico de transmissão da poderosa emissora, corta para o “Camarote de sei lá o quê” no qual está a podre Ana Paula Araújo, que tem a ingrata missão de mostrar Takes de 3 segundos com os melhores momento da escola que ainda não acabou seu desfile; ridículas declarações de internautas escolhidas a dedo pela produção, pois as minhas eles não leram. Nem poderiam; ler as notas dadas pelas pessoas que estão em casa, que assim como eu, estão tentando assistir ao desfile. Ou seja: a Ana Paula também podia está de folga. Além disso, ela ainda tem que pedir a opinião de pessoas convidadas que nada tem a ver com carnaval. Adoro a Fernanda Abreu. Mas cantando suas músicas. No seu ritmo. A lúdica Tereza Cristina é boa sambista, mas não entende nada de carnaval. É convidada para dizer que tudo estava lindo. Eri Johnson. Não vou nem comentar.


Ou seja: não vimos o fim do desfile. A saída da bateria do recuo, o último carro entrando na Apoteose, o portão se fechando e nem em quanto tempo a escola acabou seu desfile. A exceção foi a Mangueira, pois teve problemas e terminou o desfile além do tempo. Essa vimos.

Saindo do camarote, comerciais, aqueles dos mesmos anunciantes do desfile que vimos muuuuuito. E quando volta começa a saga novamente.

Essa é a transmissão de excelência Global.


Prezada Rede Globo, eu quero dizer que existe gente neste país e no resto do mundo que gostaria de ASSISTIR ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Não a esse desfile que vocês transmitem, mas ao desfile real.

Prezada Liesa, sei que a grana é ótima, mas o espetáculo do qual vocês são responsáveis, perde muito com a transmissão da maior rede de televisão do Brasil.

Prezado Ministério Público, quando vocês vão investigar até que ponto o consumidor é prejudicado com a exclusividade nas transmissões de televisão? O consumidor não tem direito de escolha. Temos que aceitar a porcaria que nos dão, sem poder trocar de canal.

Porque não se criam cotas para as transmissões? Quanto custa a exclusividade? Muito, né? Dividam esse valor em 2 cotas. Vendam as duas e terão o mesmo dinheiro. Se a Globo não comprar, a Band e a Record ou o SBT compram. E nós podemos escolher. Quando a Globo cedia os direitos para a Band transmitir o desfile das campeãs, fato que não ocorrerá em 2013, a transmissão era ótima. Bem melhor que a da Globo. Pelo menos sabíamos a sequência das alas, assistíamos a toda a coreografia das Comissões de Frente, etc.

Eu tenho um formato pronto para a transmissão. Quem sabe um dia posto aqui.

Pessoal, vamos pensar nisso. A exclusividade em qualquer coisa quase sempre lesa o consumidor. Analisem. Cobrem. Metam bronca.

Então, tá. Chega de carnaval, pois já começou o ano.

Abç.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

SACOLAS PLÁSTICAS SÃO AS MAIORES VILÃS?


A medida que evolui, a humanidade desperta para o fato de que as grandes descobertas de outrora, na verdade são um problema, por vezes, enorme. Cito como exemplo o petróleo, que já foi considerado a solução, a revolução e já se sabe, há muito tempo, que os combustíveis fósseis são muito nocivos ao meio ambiente. Pois bem. A bola da vez são as sacolas plásticas. Consideradas uma revolução no passado recente, hoje os ambientalistas as condenam com veemência, alegando que demoram muito para se decompor e isso seria nocivo ao planeta. Os governos estão sedendo às pressões dos ecologistas e alguns já tentam movimentos para substituir ou controlar o uso das sacolas. Mas será que realmente elas são tão vilãs assim? Será que são responsáveis por tantos males? Vamos analisar alguns fatores.

Primeiro, o declarado problema. Você sabe quanto tempo as sacolas plásticas demoram para sumir no ambiente? De 30 a 40 anos, segundo o site lixo.com.br, que usa informações da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro). Ora, será que isso é muito tempo? Vejamos alguns outros exemplos para comparamos: Fraudas descartáveis - 600 anos (fonte: Unicef); Couro – 50 anos (fonte: Comlurb); Caixa de leite – 100 anos (fonte: SMA São Sebastião); Material plástico - 450 anos (fonte: Unicef); Vidro – 1 milhão de anos (fonte: Campanha Ziraldo); Borracha – tempo indeterminado (Campanha Ziraldo). Isopor – tempo indeterminado (fonte: Ambiente Brasil). Então existem outros vilões muito mais agressivos ao meio ambiente do que as pobres sacolinhas. Será que a solução vai ser voltar a usar fraudas de pano? E os potes de vidro de azeitonas, maioneses, picles, etc? E as bandejinhas de isopor que são amplamente utilizadas nos mercados para embalar carnes, queijo, presunto, bacalhau, e tantos outros produtos? E os descartáveis em geral cada vez mais utilizados em festas e reuniões? E as garrafas plásticas (PET)?

Os ecologistas alegam que o problema está na quantidade de sacolas utilizadas pela população. Lembrando que as mesmas são fornecidas gratuitamente pelos mercados e usadas amplamente pelas pessoas para colocar o lixo das residências. E se acabarem as sacolinhas, como vamos jogar o nosso lixo fora? Eu digo: seremos obrigados a comprar sacos de lixo e os mesmos serão plásticos. Garanto. Não sei se vai ajudar muito acabar com as sacolas, se o problema for esse.

A matéria da colega Priscilla Mazenotti, da Agência Brasil, publicada em 10/03/2012, dá a dimensão do uso de sacolas no Brasil. Ela diz: “No Brasil, estima-se que o uso de sacola plástica seja 41 milhões por dia, 1,25 bilhão por mês e 15 bilhões por ano”. Realmente é um volume muito grande. Se olharmos para os números mundiais, a coisa fica ainda mais assustadora. Ela cita dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que indicam que, no mundo, são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano.

Vários países tomaram medidas diferentes para redução do uso de sacolas. A maioria, cobrando alguns centavos por cada sacola plástica usada pelo consumidor, além de campanhas de conscientização. No Brasil, algumas campanhas foram iniciadas para diminuir o uso das sacolas. O Governo Estadual do Rio de Janeiro, através da Secretaria do Ambiente, por exemplo, aprovou uma lei que obriga mercados de grande e médio porte a oferecerem um desconto de R$ 0,03 centavos a cada 5 produtos que o consumidor leve e não use as sacolas plásticas. Note que o mercado continua a oferecer de graça as sacolas, mas dá o desconto a quem não as usar.

Acredito que se os governos realmente quisessem mudar esse quadro poderiam ser muito mais agressivos nas medidas. Pense: se o objetivo é diminuir o uso das sacolas plásticas, então por que essas são de graça e as sacolas retornáveis custam tão caro? Seria muito mais eficiente uma estratégia que cobrasse pelas sacolas de plástico e fornecesse as retornáveis de graça, não é? Afirmo que não seria difícil. Uma ideia simples poderia dar certo. Empresas de grande porte poderiam bancar o custo de fabricação de sacolas retornáveis em troca de propaganda estampadas nas próprias sacolas, que distribuídas gratuitamente, seriam uma propaganda excelente e de grande impacto.

Lembram dos números citados pela colega Priscilla Mazenotti? 41 milhões por dia, 1,25 bilhão por mês e 15 bilhões por ano. O acordo ainda poderia se estender para os mercados que poderiam dividir o custo com as empresas e também estampar suas marcas juntamente com as empresas. Imaginam como essas imagens seriam vistas? Você acha que sairia caro? Sabe quanto custa 30 segundos de propaganda na televisão? Segundo o site mundodasdicas.com.br, em matéria de 02/02/2012, considerando as "emissoras de televisão nacionais de maior audiência, como Globo, SBT, Record e Band, o custo de anunciar um comercial de 30 segundos, vale para abrangência nacional, cerca de R$ 381 mil; abrangência estadual, R$ 148 mil em São Paulo e nos demais Estados costuma ser bem menores do que este valor; e nível municipal, R$ 1.800. a R$ 6 mil". Imaginem quanto gastam empresas de telefonia, de departamento, de bebidas, bancos, etc. Não poderiam dividir essa verba de publicidade com as sacolas? A visibilidade seria imensa. Falta vontade política de verdade ou falta competência mesmo. Aliás, como sempre.

Não sei se acabar com as sacolinhas vai resolver o problema do meio ambiente, mas existem diversas maneiras de acabar com elas. Mas tenho certeza que o plástico, como sacolas ou como sacos de lixo, vão continuar a abrigar nosso lixo residencial. Ou não?

Então tá. Até a próxima.
Comente. Dê sua opinião.

André Maciel

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SANTA MARIA, ROGAI POR NÓS


Santa Maria: Que tragédia!

Não quero aqui tirar a responsabilidade ou irresponsabilidade de quem acendeu o que quer que seja dentro de um ambiente fechado com materiais altamente inflamáveis. Lembro que não se pode nem fumar em locais fechados, portanto, deveria também ser proibido esse tipo de artefato, mas não é. Fico pensando se deixariam seus filhos soltarem bombinhas, e até mesmo estalinhos nos seus carpetes das suas salas.
Mas o fato é que a Polícia mandou prender, provisoriamente, os integrantes da banda Gurizada Fandangueira. Mas espera aí! A responsabilidade é só deles? Acho que para mandar prender integrantes da banda, tem que prender os produtores do show e da casa, o proprietário da casa noturna, os fiscais da prefeitura, que não fizeram seu trabalho, o prefeito e o governador. Pelo menos esses. Não consideraram esses caras importantes no fato? 

Não podemos permitir que esse episódio trágico fique impune, mas não podemos nos limitar a ele. Agora vão 'pegar no pé' das boites por causa do ocorrido, mas acho que a sociedade tem que ter uma visão muito maior do caso. Pense: quantos lugares vc vai e acha que está com a lotação maior do que a capacidade do local? Quantos lugares vc vai e só tem uma porta de entrada e saída? Quanto lugares vc vai que tem brigadas de incêndio? Quantos lugares vc vai onde os sprigers estão funcionando? O quero dizer com isso é que não devemos nos ater ao fato isolado. Esses problemas que originaram essa tragédia, estão mais perto do que pensamos. Estão em muitos dos lugares onde vamos com frequência. Vou ao supermercados Guanabara,  da rua Maxuell, no Andaraí, e com frequência está lotado. Também só tem uma porta de entrada e saída. Não vejo brigadistas e não confio que o sistema anti incêndio esteja funcionando. Nos shoppings é a mesma coisa. Lotados. E você sente segurança nas escolas onde estudam nosso filhos? Existe algum treinamento regular que ensine as crianças como agir em casos de emergência? Algum programa que faça simulações de situações com as crianças? E quem fiscaliza os extintores de incêndio das escolas? Existem escolas que não tem nem água. Imaginem o estado dos extintores, se é que eles existem. Falta fiscalização em tudo. O que dizer dos parques de diversão. Quem fiscaliza os brinquedos? Com que frequência? 

Sempre digo que o maior problema do Brasil é a falta de fiscalização das Leis. As Leis existem e, em sua maioria, são boas, mas não há quem as faça valer. Os fiscais são poucos e quando a maioria deles verifica alguma irregularidade, vem o segundo maior problema do País. A corrupção e estraga o pouco que poderia ser feito. Ou seja, de um jeito ou do outro, o 'jeitinho' vai 'ajeitar' tudo para que as regras, as leis, não sejam cumpridas.

Temos que usar os exemplos a nosso favor. Não podemos deixar que as mudanças se limitem apenas às boites. As regras têm que ser feitas para todos os locais fechados com determinado número de pessoas. Espero que essa tragédia sirva para melhorarmos a segurança de todos em todos os lugares públicos ou não.
Minha solidariedade às famílias dos que perderam suas vidas.
Então tá. Até a próxima.

André Maciel

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EXCLUSIVIDADE NOCIVA


Até quando vamos permitir que empresas de mídia comprem direitos exclusivos de transmissão? Essas empresas usam os direito exclusivos contra o consumidor, expectador, cliente, ou seja: nós.
A Globo é a maior de todas as vilãs. Não que as outras sejam santas, mas têm um poderio menor, por isso, nos agridem menos. Só por isso.
A próxima maldade global já anunciada será no carnaval 2013. Eles têm os tais direitos exclusivos sobre a transmissão do desfile das escolas de samba, do Rio e de São Paulo. Neste ano de 2013, eles decidiram que não irão passar o desfile das campeãs. Até aí, tudo bem, já que em 2012 eles também decidiram não passar, mas cederam os direitos à Bandeirantes que transmitiu o desfile das campeãs, muito melhor que a poderosa Rede Globo, diga-se de passagem. Acho que o êxito da concorrente no ano passado contribuiu para que a toda poderosa Globo simplesmente decidisse que ninguém vai ver o desfile das campeãs este ano. Isso mesmo. Eles não vão transmitir e não vão ceder os direitos para que outra emissora o faça. Ou seja: o espectador, o cliente, o consumidor, nós perdemos o direito de ver as 6 melhores escolas de samba do planeta pela TV no sábado após o carnaval. Aquela ressaca carnavalesca; aquele último suspiro sambístico; a comemoração pelo campeonato; a constatação de que as 6 escolas mereceram ou não; aquela discussão de quem ficou de fora e deveria estar lá; este ano não haverá nada disso por que a Globo decidiu que a festa não é mais popular. Decidiu que não merecemos assistir a nossa festa. Eles não estão nem aí pra quem viajou pra curtir o carnaval de outras cidades, outros estados e voltou na quarta-feira de cinzas ou na quinta e não viu nada das escolas de samba. Esses, se gostarem do desfile das escolas de samba, só assistem às 6 melhores no sábado após o carnaval, mas este ano nem isso. Eles não estão nem aí pra popularização do samba, pra divulgação da cultura popular, pra disseminação das artes, pra nada. Pra ninguém.
É uma maldade com as escolas de samba que trabalharam o ano inteiro e conquistaram as primeiras colocações e ninguém vai ver. É uma sacanagem com quem gosta de carnaval e não pode assistir as melhores escolas desfilarem. É uma burrice promover a tal Globo Internacional e não transmitir as melhores escolas do maior espetáculo da Terra, como eles mesmos dizem.
Devo dizer que a transmissão da Globo é horrorosa. Transmitem carnaval há 50 anos, sei lá, e não aprenderam. Quadrada como não deve ser o carnaval. Repórteres espalhados mostrando várias coisas que ninguém quer ver, enquanto a escola está passando na avenida. Camarote do Samba no qual sambista tem poucos ou nenhum. Informações nada relevantes ao evento. Quando começam a mostrar a escola pode-se ler no chão da Marquês de Sapucaí a palavra “MEIO”. Ou seja: a escola já está no meio da avenida e você não viu nada ainda. Com isso, da metade da escola pro final, é uma correria só e a gente não vê nada direito. O último carro só de relance, já que tem que cortar pro comercial. A saída da bateria do recuo nunca é mostrada, pois já está no comercial na hora em que os componentes estão saindo. Enfim, é péssimo. Mas já que têm os direitos, passem! Transmitam do jeito que der.
Apelo à força da poderosa voz popular do século, que são as redes sociais, que façam muito barulho, mesmo que não gostem de desfile e/ou de carnaval. O movimento tem que ser da sociedade, pois hoje é o desfile das campeãs que não será transmitido, amanhã quem sabe o que não vamos assistir por gosto da Globo ou por falta de anunciantes? Ou porque não vai dar o lucro esperado? Ou porque resolveram passar outra coisa no horário? Ou sei lá porque?
Uma coisa será melhor este ano, em relação à transmissão do carnaval. Eles desistiram de fazer os cariocas engolirem o desfile das escolas de São Paulo. Nos últimos anos fomos obrigados a assistir as escolas de São Paulo. Com a divisão das ligas do Grupo Especial e o Grupo de Acesso em duas ligas independentes, essas puderam negociar a transmissão separadamente. Com isso, outras emissoras passaram o desfile do Grupo de Acesso no mesmo horário em que a Globo estava transmitindo as escolas de São Paulo. A poderosa líder cresceu o olho, já que a audiência carioca migrou para as outras emissoras para assistir as nossas escolas, claro. Uma coisa tão óbvia que só a soberba não faria ver. Este ano, a Globo também tem os direitos sobre a transmissão do Grupo de Acesso e divulgou que irá transmitir.
Aos que lêem este artigo e dão de ombros para participação em qualquer movimento relativo ao carnaval por não gostar, lembro que a Globo tem os direitos de transmissão da Champions League, por exemplo. E esta malfadada exclusividade quase permitiu que a Globo não transmitisse jogos. Só transmitiram ou cederam diretos para que outras emissoras passassem os jogos, por força da UEFA. A entidade do futebol europeu obrigou a Globo a transmitir ou ceder os direitos.
Emissoras de TV obtêm uma CONCESSÃO do governo. Eles têm que cumprir regras definidas, inclusive de disseminação de cultura. Não seria o caso de pressionar o governo e fazê-los pelo menos ceder os direitos? Até quando eles vão decidir o que nós vamos assistir? Vamos nos mexer?
Então tá. Abç. a todos. 
André Maciel