domingo, 24 de maio de 2020

Crimes contra a Democracia

Cumprindo meu papel cívico de democrata, segue uma visão. Sei que minha página não tem grande alcance. Em relação ao número de brasileiros, o alcance dessa página é ínfimo. Mas é o instrumento que tenho. É a 'minha cara na janela do mundo', portanto vou usá-la. Pra conhecimento, listarei abaixo, trechos da Lei de Segurança Nacional, de 1983, que está em pleno vigor. No fim tem um link de uma matéria muito boa sobre o tema com gente a favor e contra. Mas todos os juristas ouvidos são claros ao dizer que a Lei vale. Todos os que postam ou propagam ideias contra as instituições democráticas que dão estrutura ao Estado Democrático de Direito, estão sujeitos a responder criminalmente.

Sou pela Lei. Pela ordem. Democracia é um regime no qual há regras. Existem liberdades sim, mas o limite da liberdade é a Lei. Além disso, toda liberdade tem razão de ser. Tem porque e pra que. Não existe liberdade absoluta na Democracia. Liberdade absoluta só nas Ditaduras. O Maduro tem Liberdade absoluta. Ele pode fazer o que quiser. Falando em Venezuela, os mesmos que hoje defendem o fechamento do Congresso e do STF, acusam o PT de querer fazer do Brasil uma Venezuela. Pois bem, saibam que a maior diferença entre o Brasil e a Venezuela, são: o Congresso e o STF, além do Ministério Público e as instituições democráticas. Elas garantem que o chefe do executivo e o parlamento não possam fazer o tudo que quiserem.

O Estado Democrático de Direito prega a independência e a harmonia entre os poderes. Cada um tem sua função e seus limites. Cabe ao judiciário, quando provocado, dar o limite da Lei aos outros poderes. É assim que funciona. É assim que deve funcionar e quem prega o contrário tenta contra a Democracia, cometendo alguns dos crimes abaixo além dos previstos no Código Penal. Não há alternativa à Democracia. Qualquer outro regime será autoritário. Quem leu até aqui, obrigado.
Art. 365. Tentar, com emprego de grave ameaça ou violência, impedir ou dificultar o exercício do poder legitimamente constituído, ou alterar a ordem constitucional estabelecida:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.
Art. 366. Tentar, o funcionário público civil ou militar, depor o governo constituído ou impedir o funcionamento das instituições constitucionais:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
Art. 367. Associarem-se, duas ou mais pessoas, para a prática de insurreição ou de golpe de estado:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
Art. 368. Atentar contra a integridade física do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, e do Procurador-Geral da República, por facciosismo político ou para alterar a estrutura do estado democrático ou a ordem constitucional:
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem cometer o crime contra as autoridades correspondentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Art. 370. Incitar, publicamente, a prática de guerra civil ou dos crimes previstos neste Capítulo:
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
Art. 374. Praticar, por meio de grupos armados, civis ou militares, atos contra a ordem constitucional e o estado democrático:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
Art. 375. Constranger, mediante violência ou grave ameaça, por motivo de facciosismo político, autoridade legítima a não fazer o que a lei permite ou a fazer o que ela não manda, no exercício das suas atribuições:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, ou multa.
Atos na porta da embaixada Chinesa:
Art. 376. Atentar contra a integridade física de chefe de estado ou de governo estrangeiro, embaixador, cônsul ou representante de estado estrangeiro no País, ou dirigente de organização internacional, que se encontrem no território nacional:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.



terça-feira, 19 de maio de 2020

Cagadas, Trapalhadas e Crimes de Bolsonaro, em 2020

Tentarei colocar todas as ações estranhas, obscuras, criminosas, enfim, todas as atitudes que o presidente Jair Bolsonaro comete e um presidente da República não deveria cometer. Sempre que ele fizer algo que eu achar que não cabe a um presidente fazer, vou postar. Portanto, terei muito trabalho. Serão apenas notas, sem opinião. Apenas os fatos. Estarão em ordem cronológica, sempre com a data à frente para facilitar o entendimento e a sequência dos fatos. Postarei também links com matérias com as informações referentes a alguns temas. 


03/06/2020, quarta-feira - O Ministério Público Federal (MPF) em Juiz de Fora concluiu que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho no ataque contra o então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro. Diante disso, o órgão se manifestou hoje pelo arquivamento provisório do segundo inquérito que apura o caso. A decisão agora cabe à Justiça.

03/06/2020, quarta-feira - Parecer da Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados emitido hoje, diz que o artigo 142 da Constituição Federal "não autoriza a realização de uma 'intervenção militar constitucional'". O relatório chama ainda de "fraude ao texto constitucional" a interpretação de que o dispositivo confere às Forças Armadas "o poder de sobrepor-se a decisões de representantes eleitos pelo povo ou de quaisquer autoridades constitucionais a pretexto de 'restaurar a ordem'".

03/06/2020, quarta-feira - A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) ficou em silêncio hoje ao ir à sede da Polícia Federal, em Brasília, para depor no inquérito que investiga ameaças e ofensas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conhecido como inquérito das fake news. Na saída, a deputada disse que não teve acesso ao inquérito e que não sabe se depõe como testemunha ou investigada. Zambelli, porém, é investigada sim e o acesso da defesa da parlamentar ao inquérito foi autorizado pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes.

03/06/2020, quarta-feira - O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília, hoje, para depor no inquérito que apura suposto crime de racismo cometido em rede social. O ministro da Educação entregou o depoimento por escrito e, por isso, não respondeu a perguntas. No começo de abril, Weintraub fez, em uma rede social, insinuações de que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus.

03/06/2020, quarta-feira - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, revogou um ato do ministério de abril deste ano que, na prática, poderia cancelar infrações ambientais na Mata Atlântica, como desmatamento e queimadas, e regularizava invasões no bioma até julho de 2008. A revogação foi publicada no "Diário Oficial da União", hoje. Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal já havia entrado com uma ação na Justiça para tentar anular o ato.

03/06/2020, quarta-feira - Portaria publicada na edição "Diário Oficial da União" de hoje, informa que o governo transferiu R$ 83,9 milhões de recursos do programa Bolsa Família para a comunicação institucional do Palácio do Planalto. Segundo uma fonte do Ministério da Economia, a transferência se deu por uma demanda da Secretaria de Comunicação da Presidência da República para viabilizar campanhas publicitárias de caráter educativo, informativo e de orientação ao cidadão. Em nota o ministério informou que para atender ao teto de gastos é preciso compensar a ampliação de uma despesa com a redução de outra e que a escolha da fonte de recursos foi motivada pela baixa execução do Bolsa Família, principalmente em razão do pagamento do auxílio emergencial.

03/06/2020, quarta-feira - Inquérito das fake news: O governo federal veiculou mais de 2 milhões de anúncios em canais com "conteúdos inadequados", segundo levantamento de consultores legislativos da Câmara dos Deputados a pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Entre os meios estão sites, aplicativos de celular e canais no Youtube que veiculam, por exemplo, informações falsas, material pornográfico, e difundem jogos de azar e investimentos ilegais.

03/06/2020, quarta-feira - Bolsonaro vetou o uso do saldo remanescente do Fundo de Reservas Monetárias, de cerca de R$ 8,6 bilhões, para o combate ao novo coronavírus. A destinação do dinheiro tinha sido aprovada em maio pelo Congresso Nacional durante a análise de medida provisória editada por Bolsonaro e que extinguiu o fundo. Ao justificar o veto, Bolsonaro argumentou que a mudança feita pelo Congresso Nacional criava uma despesa obrigatória ao poder público sem indicar o impacto financeiro, violando regras constitucionais. Com o veto presidencial, a verba fica, em princípio, sem destinação.

02/06/2020, terça-feira - O ministro do STF, Alexandre de Moraes, concedeu acesso ao inquérito que apura fake news, ofensas e ameaças aos membros da corte aos advogados dos investigados. O inquérito corre em sigilo judicial. 

02/06/2020, terça-feira - A Justiça do Rio de Janeiro determinou hoje que Olavo de Carvalho apague, em até 48 horas, postagens em redes sociais com fake news que ligam o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ao autor do atentado a faca contra o então candidato presidencial Jair Bolsonaro, em setembro de 2018.

02/06/2020, terça-feira - O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou que foi adiada a votação do projeto que prevê medidas de combate à disseminação de conteúdo falso na internet. Segundo Alcolumbre, acontecerá no próximo dia 9.

02/06/2020, terça-feira - A Procuradoria-Geral da República enviou hoje ao ministro do STF Celso de Mello, parecer a favor da prorrogação, por mais 30 dias, do inquérito aberto pela Polícia Federal e o crime de denunciação caluniosa por parte do ex-ministro Sergio Moro.

02/06/2020, terça-feira - O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, chamou o movimento negro de "escória maldita" em uma reunião gravada sem que ele tivesse conhecimento. Na ocasião, Camargo também disse que Zumbi era "filho da puta que escravizava pretos", criticou o Dia da Consciência Negra, falou em demitir "esquerdista" e usou o termo "macumbeira" para se referir a uma mãe de santo. 

02/06/2020, terça-feira - O procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou nota oficial hoje para esclarecer que a "Constituição não admite intervenção militar". "A Constituição não admite intervenção militar. Ademais, as instituições funcionam normalmente. Os Poderes são harmônicos e independentes entre si. Cada um deles há de praticar a autocontenção para que não se venha a contribuir para uma crise institucional. Conflitos entre Poderes constituídos, associados a uma calamidade pública e a outros fatores sociais concomitantes, podem culminar em desordem social".

02/06/2020, terça-feira - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou um parecer para refutar a interpretação de que o Artigo 142 da Constituição permitiria uma "intervenção militar constitucional" para interferir na relação entre os poderes da República.

02/06/2020, terça-feira - Bolsonaro postou em seu Facebook que o vazamento de seus dados por hackers é uma "clara medida de intimidação" o vazamento de informações pessoais dele e de familiares dele. O presidente ainda completou dizendo que medidas cabíveis estão sendo tomadas.

02/06/2020, terça-feira - O Democratas (DEM) decidiu expulsar a 'ativista' Sara Winter' do partido após as recentes ameças que fez ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.

02/06/2020, terça-feira - Contas do Twitter, supostamente pertencentes ao grupo haker Anonymous Brasil, publicaram ontem dados pessoais de Bolsonaro e familiares. O ministro da Justiça, André Mendonça informou que já determinou instauração de inquérito.

02/06/2020, terça-feira - Um dia após postar um vídeo afirmando desejar que manisfestantes contra Bolsonaro fossem atingidos por tiros, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), apresentou uma proposta de alterações na Lei Antiterrorista, com o objetivo de tipificar os grupos 'antifas' (antifacistas) como organizações terroristas.

02/06/2020, terça-feira - No programa 'Conversa com Bial', o procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre a nota emitida por Bolsonaro, na qual revela acreditar no arquivamento do inquérito que apura possível interferência dele na Polícia Federal, Aras disse: "o presidente esqueceu de combinar comigo". A nota foi emitida no mesmo dia em que o presidente visitou inesperadamente o procurador, e colocou Aras em uma situação desconfortável.

02/06/2020, terça-feira - O ministro Celso de Mello, negou o pedido feito por partidos políticos para apreensão do celular do presidente. Tanto para o ministro, quanto para o procurador-geral da República, Augusto Aras, tal pedido só caberia à PGR. Na decisão de 28 páginas, Celso de Mello, em praticamente metade das páginas, fez críticas à fala de Bolsonaro de que não entregaria seu celular mesmo se houvesse uma ordem judicial. Ele classificou como 'gravíssimo comportamento transgressor'. "É tão grave a inexecução de decisão judicial por qualquer dos Poderes da República (ou por qualquer cidadão) que, tratando-se do Chefe de Estado, essa conduta presidencial configura crime de responsabilidade".

02/06/2020, terça-feira - A "ativista" Sara Winter afirmou, no Twitter, que foi intimada a presta depoimento na Polícia Federal sobre as ameaças que fez ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ela disse que: "A PF de sair da minha casa, entraram ILEGALMENTE, NÃO SE IDENTIFICARAM e vieram deixar uma intimação para depor daqui a dois dias, EU NÃO VOU! Vão me prender? Me tratar como bandido? Vão ter que se prestar a isso!".

Sara Winter

02/06/2020, terça-feira - O plenário do STF vai julgar no próximo dia 10 uma ação movida pela Rede Sustentabilidade que questiona a validade do inquérito das fake news.

01/06/2020, segunda-feira - Ex aliado de Bolsonaro, o senador Major Olímpio diz que aproximação de Bolsonaro com o Centrão é constrangedora.

01/06/2020, segunda-feira - Em entrevista ao UOL, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), solta o verbo:

1- Ataques ao Congresso Nacional e STF em manifestações são inaceitáveis.

2- "Generais do governo não representam Forças Armadas, que não poiam ruptura"

3- Sobre os pedidos de impeachment de Bolsonaro: "não quero pôr lenha".

01/06/2020, segunda-feira - O ex-ministro Raul Jungmann disse que as Forças Armadas não estão com o presidente, mas sim, ao lado da Constituição.

01/06/2020, segunda-feira - Bolsonaro compartilhou um vídeo que contém uma frase atribuída à Benito Mussolini. "Melhor um dia como leão do que cem anos como ovelha". É a segunda vez que o presidente usa frases do fascista italiano. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, Bolsonaro também reproduziu frase de Mussolini sobre armar o povo.
Relembre:

01/06/2020, segunda-feira - Em conversa em seu Facebook, Bolsonaro minimizou sua participação em atos antidemocráticos, neste domingo. O presidente disse que apenas prestigia quem o apoia e que não é responsável pela organização das manifestações.

01/06/2020, segunda-feira - Descubram quem é Sara Winter, uma das mais ferozes defensoras de Bonsonaro. Texto de Reinaldo Azevedo. 

Sara Winter e Bolsonaro em dois momentos

01/06/2020, segunda-feira - O deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Eduardo Bolsonaro postaram, em redes sociais, uma frase dizendo respeito às manifestações contra o governo e atribuindo-na ao ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill. Comprovou-se, no entanto, que a frase não é de Churchill.

Post fake

01/06/2020, segunda-feira - Bolsonaro decidiu receber alguns apoiadores dentro dos limites do Palácio da Alvorada, no jardim. O presidente justificou dizendo que a atitude era para não se dirigir aos jornalistas que ficam em frente ao Palácio. "A imprensa agora não vai poder dizer que estou agredindo ela", disse.

01/06/2020, segunda-feira - Bolsonaro aprovou a indicação do Centrão, Marcelo Lopes da Ponte, para presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

01/06/2020, segunda-feira - Entenda o que realmente é o Artigo 142 da Constituição evocado por bolsonaristas para legalizar o uso das Forças Armadas pelo governo federal.

01/06/2020, segunda-feira - Em mais uma ação do Palácio do Planalto em direção ao Centrão, Bolsonaro entrega o comando do Banco do Nordeste para um nome indicado pelo Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão.

Valdemar Costa Neto

31/05/2020, domingo - Membros de grupos bolsonaristas provocaram o confronto com membros de torcidas organizadas que criticam o presidente durante as manifestações de hoje na Avenida Paulista. A informação é da fotojornalista Thaís Haliski que testemunhou a poucos metros o começo da briga e a intervenção da Polícia Militar.

31/05/2020, domingo - O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), pelas redes sociais, ameaçou manifestantes contra o governo Bolsonaro. Em vídeo postado no Twitter, o deputado usou diversos palavrões se referindo aos manifestantes. Disse torcer para que um dos opositores ao governo "tome um tiro no maio da caixa do peito", entre outras barbaridades.

Deputado Daniel Silveira

31/05/2020, domingo - O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou que pessoas que portavam bandeiras de cunho neonazista foram o estopim do tumulto nas manifestações de hoje.

31/05/2020, domingo - Bolsonaro, mais uma vez, desrespeitou as medidas de isolamento e compareceu a um churrasco em Goiás, na manhã de sábado. Videos e fotos circulam na internet mostrando o presidente ao lado do cantor Amado Batista.

Bolsonaro em churrasco em Goiás

31/05/2020, domingo - O ministro do STF, Celso de Mello, afirmou, em mensagem enviada a interlocutores no WhatsApp, que "bolsonaristas odeiam a democracia" e pretendem instaurar uma "desprezível e abjeta ditadura".

31/05/2020, domingo - Palmeirenses e corinthianos se uniram em ato pró Democracia, em São Paulo. Centenas de manifestantes tomaram a Avenida Paulista. No encontro com manifestantes a favor do governo, houve confronto e a Polícia Militar reprimiu os manifestantes anti governo dissipando a manifestação.

Confronto na Paulista

31/05/2020, domingo - Mais um domingo de manifestações na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Novamente foram vistas faixas pedindo o fechamento do STF e intervenção militar. Bolsonaro participou do ato, cumprimentando manifestantes, andou à cavalo e não fez uso de máscara.

Bolsonaro à cavalo em ato

31/05/2020, domingo - Acabou em confusão o encontro de manifestantes a favor e contra o governo, em Copacabana no Rio de Janeiro. 

31/05/2020, domingo - Em redes sociais, Bolsonaro voltou a criticar o trabalho da imprensa dizendo que "dezenas de fake news" são produzidas contra ele. O presidente perguntou se isso acabaria com "bilhões de reais", classificou como "a maior das fake news" o chamado 'gabinete do ódio', entre outras acusações à imprensa.

31/05/2020, domingo - Canais do Youtube que foram alvos de mandado de busca e apreensão determinados pelo STF, tiveram verbas publicitárias de estatais. Petrobras e Eletrobras veicularam 28.845 anúncios nesses canais de janeiro de 2017 e 2019, segundo apurou o jornal O Globo.

31/05/2020, domingo - O grupo bolsonarista autodenominado "300 do Brasil" fez ato em frente ao STF, depois de sua principal porta-voz, Sara Winter, ter sido alvo de mandado de busca e apreensão relacionado ao inquérito das fake news. O grupo marchou carregando tochas e alguns usavam máscaras que cobriam todo o rosto.

31/05/2020, domingo - O colunista do UOL, Josias de Souza, dá sua opinião sobre as terorias de Bolsonaro sobre STF e Polícia Federal. Para o colunista, Bolsonaro acha que STF e PF usam os filhos para atingi-lo.

30/05/2020, sábado - Bolsonaro declarou em uma rede social que "tudo aponta para um crise", ao comentar decisões do STF, TCU e TSE, que miram a família, aliados e sua campanha presidencial em 2018.

30/05/2020, sábado - Em uma live, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que Bolsonaro, "cada vez que vai para o enfrentamento, desorganiza e gera insegurança.

30/05/2020, sábado - Bolsonaro foi de helicóptero até a cidade de Abadiânia (GO). Na cidade goiana, novamente Bolsonaro desrespeitou as orientações de saúde, andou sem máscara, cumprimentou pessoas, pegou criança no colo, comeu em uma lanchonete, tirou fotos. 

Bolsonaro em Abadiânia

29/05/2020, sexta-feira - O ministro do STF, Celso de Mello, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido para que o deputado federal (PSL-SP) seja investigado por suposta prática de crime contra a Segurança Nacional, ao dizer que participa de reuniões nas quais, segundo o deputado, se discute quando um "momento de ruptura" deverá acontecer no Brasil. De acordo com as declarações de Eduardo, não se trata mais de debater "se" esta ruptura ocorrerá, mas sim, "quando". O despacho, na notícia-crime foi apresentada pelo advogado Antonio Carlos Fernandes, do Ceará.

Veja o despacho de Celso de Mello

29/05/2020, sexta-feira - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Og Fernandes, deu três dias para que Bolsonaro se manifeste sobre o pedido do PT para que a Justiça Eleitoral possa utilizar informações do inquérito do STF que apura supostas ameaças aos ministros do Supremo.

29/05/2020, sexta-feira - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Og Fernandes, decidiu ouvir a campanha de Bolsonaro e o Ministério Público Eleitoral antes de decidir sobre o compartilhamento de provas do inquérito das fake news. O controverso inquérito que apura ameaças, ofensas e fake news contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pode pavimentar o caminho da cassação da chapa da eleição de 2018 de Bolsonaro no TSE. Ao todo, ainda tramitam no TSE oito ações que investigam a campanha de Bolsonaro e Mourão.

29/05/2020, sexta-feira - O subprocurador da República, Lucas Furtado, ingressou com uma representação para que o Tribunal de Contas da União analise se a ação do grupo chamado "Gabinete do Ódio" é financiada por recursos públicos. o procurador classificou o "gabinete do ódio" como uma Parceria Público Privada (PPP), que funciona com o aporte de recursos públicos e de empresas. Como revelou o Estadão, o "gabinete do ódio" está instalado dentro da estrutura do gabinete do presidente Jair Bolsonaro. Seriam 23 servidores nessa função. A atuação do grupo é investigada também pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a disseminação de fake news.

29/05/2020, sexta-feira - O ministro da Educação, Abraham Weintraub, prestou depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que investiga ataques e fake news contra o STF. Segundo fontes das de diversas mídias, o ministro preferiu utilizar o direito de permanecer calado.

Abraham Weintraub

29/05/2020, sexta-feira - Polícia Federal pediu hoje ao ministro do STF, Celso de Mello, mais 30 dias para concluir o inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Celso de Mello, pediu à Procuradoria Geral da República que se manifeste antes de decidir sobre a prorrogação solicitada pela PF.

29/05/2020, sexta-feira - Segundo matéria da revista Veja, Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército e assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro seria o chefe do "serviço de inteligência paralelo" do presidente. De acordo com a publicação, Marcelo, por determinação de Bolsonaro, produz dossiês e opera investigações, sendo um dos pivôs na queda de ministros e diretores de estatais.

29/05/2020, sexta-feira - O Ministério Público de São Paulo, quebrou o sigilo bancário do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e descobriu transferências milionárias em suas contas. O inquérito foi aberto em agosto do ano passado para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito entre 2012 e 2017.

Ricardo Salles

29/05/2020, sexta-feira - Dois dos três influenciadores que tiveram a identidade requisitada ao Twitter pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, no inquérito das fake news, encontraram-se com Bolsonaro e com o general Heleno, antes da operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta semana. 

Youtubers Bárbara Zambaldi e Bolsonaro

29/05/2020, sexta-feira - A Procuradoria Geral da República pediu novas diligências contra aliados de Bolsonaro no inquérito do STF que investiga manifestações antidemocráticas, ocorridas em abril de 2020. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes autorizar ou não as medidas, que tem como alvos youtubers e influenciadores digitais.

29/05/2020, sexta-feira - Bolsonaro condecora o Procurador-Geral da República, Augusto Aras e o ministro da Educação Abraham Weintraub com a Ordem do Mérito Naval. A medida foi publicada no Diário Oficial de hoje. Além deles, também foram condecorados outros políticos.

28/05/2020, quinta-feira - Bolsonaro reagiu às operações da Polícia Federal, em frente ao Palácio da Alvorada e afronta Poderes. Além de dizer que "Ordens absurdas não se cumpre", ele disse: "Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou! Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoal certas ações." "Chega! Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro os meus compromissos no juramento que fiz quando assumi a Presidência da República".

Veja algumas reações sobre à fala do presidente:

28/05/2020, quinta-feira - O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre alertou o presidente que Poderes não podem entrar em conflito e pediu pacificação.

28/05/2020, quinta-feira - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que as críticas de Bolsonaro ao STF só 'criam ambiente de maior radicalismo'.

28/05/2020, quinta-feira - O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que apesar dos excessos de ministros do Supremo, é preciso colocar panos quentes no tenso ambiente político no país.

28/05/2020, quinta-feira - O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, declarou que "não passa pela cabeça" a hipótese de um engajamento das Forças Armadas em "qualquer tentativa de virar a mesa". 

28/05/2020, quinta-feira - O presidente do PTB, Roberto Jeffersson, pediu, no Twitter, que Bolsonaro convoque um golpe militar. 

28/05/2020, quinta-feira - O Deputado Eduardo Bolsonaro também falou sobre as operações da Polícia Federal no inquérito das Fake News, promovidas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Falou sobre possibilidade de as Forças Armadas colocarem "pano quente" no conflito entre os Poderes para restabelecer o "jogo democrático". "E vou me valer de novo das palavras de Ives Gandra Martins: o poder moderador para restabelecer a harmonia entre os Poderes não é o STF, são as Forças Armadas (...) Eles [Forças Armadas] vêm, põem um pano quente, zeram o jogo e, depois, volta o jogo democrático. É simplesmente isso", afirmou Eduardo na manhã desta quinta à rádio Bandeirantes.

28/05/2020, quinta-feira - Os partidos PSOL, Rede, PT, PDT, PCdoB e PSB protocolaram uma representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar. A acusação é por disseminação de fake news, incitação de ódio e ameaças a ministros do STF.

28/05/2020, quinta-feira - O ministro da Justiça, André Mendonça, apresentou um pedido de habeas corpus ao STF para que o ministro da Educação seja dispensado de comparecer ao STF e dar explicações sobre as declarações que fez na reunião ministerial do dia 22 de abril, quando disse que por ele "colocaria esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF". Para juristas, o pedido deveria ter sido feito pela Advocacia Geral da União e não pelo Ministério da Justiça.

28/05/2020, quinta-feira - O ministro do STF, Edson Fachin encaminhou para análise do plenário da Corte, o pedido do procurador-geral da República Augusto Aras, para suspender o inquérito que apura divulgações de fake news e agressões ao Supremo.

28/05/2020, quinta-feira - O ministro do STF, Celso de Mello, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, três petições sobre o possível enquadramento do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, na Lei de Segurança Nacional.

28/05/2020, quinta-feira - Bosonaro nomeou para chefe de gabinete do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Marco Antônio Ferreira Delgado, um ex-acessor de Geddel Vieira, conhecido pelos R$ 51 milhões em dinheiro, encontrados em um apartamento de sua propriedade. Além da condenação a 14 anos de prisão pelo STF, por lavagem de dinheiro e associação criminosa, Geddel tem outra condenação da Justiça Federal pelo crime de improbidade administrativa em razão da pressão para conseguir um parecer favorável do Iphan na contrução do edifício de luxo em Salvador.

28/05/2020, quinta-feira - Durante transmissão ao vivo realizada na noite desta quinta-feira (28) nas redes sociais, Bolsonaro colocou o procurador-geral da República, Augusto Aras, como candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Ele ainda defendeu ministros e criticou a Polícia Federal.

27/05/2020, quarta-feira - Na decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, na investigação das Fake News, os investigadores da Polícia Federal demonstram terem colhido provas da atuação de robôs bolsonaristas para inflar o apoio do chamado "povo" de Jair Bolsonaro nas redes sociais.

Manifestação em Brasília

27/05/2020, quarta-feira - O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou, em decisão, determinou o bloqueio das contas de empresários e influenciadores no Facebbok, Instagran e Twitter.

27/05/2020, quarta-feira - O ministro do STF, Alexandre de Moraes, em uma discussão online, organizada pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo Abraji) e pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), afirmou que "Quem propagar discurso de ódio será responsabilizado". "Quem exagerar, propagar discurso de ódio, deve ser responsabilizado. Isso não deve ocorrer só no Brasil, deve ocorrer em qualquer lugar do mundo. As pessoas devem arcar com as consequências de seus atos", disse. "E não se pode cercear o direito da imprensa falar".

27/05/2020, quarta-feira - O Deputado Edurado Bolsonaro, em entrevista ao canal Terça Livre, falou sobre as operações realizadas nesta manhã pela Polícia Federal, determinadas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, no inquérito das Fake News. O deputado disse que a ruptura não é mais uma questão de "se", mas de "quando". Declarou ainda, "Quando chegar ao ponto em que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica, ele é que será taxado como ditador".

27/05/2020, quarta-feira - A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte. Entre os alvos estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e blogueiro Allan dos Santos. Os quatro são aliados do presidente Jair Bolsonaro. Ao longo das investigações, laudos técnicos que demonstraram que um grupo produz e dissemina as notícias falsas, sempre com o mesmo padrão. Foram identificados pelo menos quatro financiadores desse grupo.

Roberto Jefferson

27/05/2020, quarta-feira - Após troca do ministro da Justiça e diretor-geral da Polícia Federal, 99 portarias, publicadas em 16 páginas do Diário Oficial, trocam centenas de cargos na PF, incluindo 6 superintendentes.

27/05/2020, quarta-feira - O Centrão negocia indicações no Porto de Santos, Funasa e no Ministério da Ciência e Tecnologia, em troca ao apoio à Bolsonaro. Temendo um pedido de impeachmant no Congresso, o governo analisa os pedidos, ferindo gravemente um pilar de sua campanha: "a nova política".

26/05/2020, terça-feira - O ministro Alexandre de Moraes determinou, no âmbito do inquérito das FakeNews, que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, seja ouvido pela Polícia Federal para explicar uma declaração na reunião ministerial. Na ocasião, Weintraub afirmou que, por ele, colocaria “vagabundos na cadeia” – começando pelo STF. Para Moraes, a fala de Weintraub “não só atinge a honorabilidade e constituiu ameaça ilegal à segurança dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, como também reveste-se de claro intuito de lesar a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado de Direito”. "Há, portanto, indícios da prática dos delitos tipificáveis nos arts. 139 e 140 do Código Penal, bem como nos arts. 18, 22, 23 e 26 da Lei 7.170/1983" (Lei de Segurança Nacional), diz a decisão.

Abraham Weintraub

26/05/2020, terça-feira - O Ministério Público Federal pediu explicações ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, pelas declarações dadas na reunião de 22 de abril com referências a povos indígenas e ciganos.

26/05/2020, terça-feira - O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que deve pautar, nas próximas semanas, ações que pedem a cassação dos mandatos do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão. “Hoje [terça-feira] terei uma reunião com os ministros, uma reunião preparatória, mas a regra geral é seguirmos a ordem cronológica dos pedidos de liberação pelos relatores. Uma que já teve início, por um pedido de vista do ministro Luiz Edson Fachin, provavelmente nas próximas semanas, uma, duas, três [semanas], essa ação deve estar voltando”, disse durante entrevista coletiva realizada por videoconferência.

26/05/2020, terça-feira - O ministro do STF, Celso de Mello afirmou que um judiciário independente 'repele injunções marginais ofensivas' e que, sem essa independência, 'não haverá liberdade e democracia'. "Sem um Poder Judiciário independente, que repele injunções marginais e ofensivas ao postulado da separação de Poderes e que buscam muitas vezes ilegitimamente controlar a atuação dos juízes e dos tribunais, jamais haverá cidadãos livres nem regime político fiel aos princípios e valores que consagram o primado da democracia".

26/05/2020, terça-feira - O ministro do STF, Gilmar Mendes, disse em uma rede social que o Ministério Público e o Poder Judiciário devem investigar os atos de hostilidade praticados contra jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Esta semana o Grupo Filha eo Grupo Globo retiraram seus repórteres da cobertura do Palácio da Alvorada temendo as ameaças de apoiadores de Bolsonaro.

Gilmar Mendes

26/05/2020, terça-feira - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), em pronunciamento na abertura da sessão remota, defendeu o "diálogo respeitoso entre os Poderes, pediu "pacificação dos espíritos diante da pandemia e defendeu a liberdade de imprensa. 

Rodrigo Maia

26/05/2020, terça-feira - É fake a afirmação de que o vídeo que circula na internet com policiais prestando continência seja acompanhando um protesto em favor de Bolsonaro na Avenida Paulista. O vídeo desse momento do protesto foi impulsionado no Twitter pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. Ele escreveu: “Polícia Militar de São Paulo nunca decepciona, sempre dá o exemplo”. A PM nega que os policiais tenham se somado ao protesto. O ato de bater continência foi um tributo a um colega, o soldado Lucas Alexandre Leite, de 25 anos, do 2º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, que morreu em serviço na noite de sábado, na Zona Leste da cidade de São Paulo.

25/05/2020, segunda-feira - Depois de se convidar para 'visitar' a Procuradoria-geral da República nesta manhã, Bolsonaro divulgou nota dizendo que não interferiu na Polícia Federal, disse acreditar no arquivamento do inquérito e que: "É momento de todos se unirem. Para tanto, devemos atuar para termos uma verdadeira independência e harmonia entre as instituições da República, com respeito mútuo." Esta semana o procurador Augusto Aras vai decidir se vai denunciar o presidente por supostos crimes cometidos no inquérito aberto no STF, depois das denúncias do ex-ministro Sergio Moro.

Leia nota na íntegra:

NOTA

Diante da recente divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril do corrente ano, pontuo o seguinte:

1.Mantenho-me fiel à proteção e à defesa irrestritas do povo brasileiro, especialmente os mais humildes e aos que mais precisam. Sinto-me bem ao seu lado e jamais abrirei mão disso.

2.Nunca interferi nos trabalhos da Polícia Federal. São levianas todas as afirmações em sentido contrário. Os depoimentos de inúmeros delegados federais ouvidos confirmam que nunca solicitei informações a qualquer um deles.

3.Espero responsabilidade e serenidade no trato do assunto.

4.Por questão de Justiça, acredito no arquivamento natural do Inquérito que motivou a divulgação do vídeo.

5.Reafirmo meu compromisso e respeito com a Democracia e membros dos Poderes Legislativo e Judiciário.

6.É momento de todos se unirem. Para tanto, devemos atuar para termos uma verdadeira independência e harmonia entre as instituições da República, com respeito mútuo.

7.Por fim, ao povo brasileiro, reitero minha lealdade e compromisso com os valores e ideais democráticos que me conduziram à Presidência da República. Sempre estarei ao seu lado e jamais desistirei de lutar pela liberdade e pela democracia.

Brasília, 25 de maio de 2020.

Jair Messias Bolsonaro

Presidente da República

25/05/2020, segunda-feira - Para o jornalista Marcelo Auler, as declarações de Bolsonaro de que "dispõe de um erviço particular de informações" obriga a perícia em seu celular.

Jornalista Marcelo Auler

25/05/2020, segunda-feira - Fora da agenda, Bosonaro vai à Procuradoria Geral da República. O presidente Jair Bolsonaro participava, nesta segunda-feira (25/5), por meio de videoconferência e no Palácio do Planalto, da solenidade de posse do novo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena. Mas resolveu ir pessoalmente ao evento participar do evento, o que não estava previsto. Bolsonaro se encontrou rapidamente com o procuradr-geral, Augusto Aras, que decidirá, esta semana sobre a preenção do celular do presidente, sugerida pelo ministro do STF, Celso de Mello.

Augusto Aras e Jair Bolsonaro

25/05/2020, segunda-feira - O Grupo Globo e o Grupo Folha retiraram seus repórteres da cobertura da entrada do Palácio da Alvorada, por causa das constantes agressões de apoiadores de Bolsonaro, estimuladas pelo próprio presidente com habituais destemperos contra a imprensa. Os grupos, temendo que a situação fuja do controle e para proteção de seus profissionais, tomaram a decisão. A única medida tomada pelas autoridades em favor dos jornalistas, foi a separação por grades dos dois grupos. O Correio Braziliense já havia deixado a posição há cerca de 45 dias pelos mesmos motivos. Por carta ao ministro-chefe do Gabinete Institucional (GSI), Augusto Heleno, o Grupo Globo disse: "são muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico”, diz a nota, em certo trecho. E completa: “Com a responsabilidade que temos com nossos colaboradores, e não havendo segurança para o trabalho, tivemos que tomar essa decisão”. Lembro aqui que a imprensa tem papel fundamental na Democracia. O papel de garantir a informação à população. A Constituição garante o livre exercício da imprensa para que a população tenha acesso a informação. É uma das únicas categorias profissionais com garantias textuais na Carta Magma da República. 

24/05/2020, domingo - Em live no fim da tarde, Bolsonaro disse que o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, sabe “fazer valer as Forças Armadas”.

24/05/2020, domingo - O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse ao Jornal O Estado de São Paulo, que está "extremamente preocupado" com a tensão entre os Poderes. "A simples ilação de o presidente da República ter de entregar o seu celular é uma afronta à segurança institucional"

general Fernando Azevedo e Silva

23/05/2020, sábado - Mais uma vez, Bolsonaro desrespeita recomendações de distanciamento social. Após ir a uma padaria, Boslonaro comeu um cahorro-quente, em uma quadra da Asa Norte de Brasília, antes de retornar ao Palácio da Alvorada.

Cachorro quente na Asa Norte

23/05/2020, sábado - O jornal O Estado de São Paulo teve acesso a conversa, por mensagem, entre Bolsonaro e Sergio Moro, que integram o inquérito que apura supostas tentativas do presidente tentar interferir politicamente na Polícia Federal. Na mensagem, Bolsonaro avisa a Moro, no dia 22 de abril (dia da reunião ministerial), que já havia decido demitir o então diretor-geral da Polícia Federal, Marcelo Valeixo. "Moro, o Valeixo sai essa semana. Isto está decidido. Você pode decidir apenas a forma. A pedido ou ex oficio". A versão deixa claro que a troca foi uma decisão do presidente e contraria sua versão de que Valeixo teria pedido para deixar o cargo por "cansaço".

Bolsonaro e Moro

22/05/2020, sexta-feira - O ministro do STF, Celso de Mello liberou o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, citado pelo ex-ministro Sergio Moro como prova de que Bolsonaro queria interferir politicamente na Polícia Federal. 

Assista o vídeo na íntegra:

Assista aos principais pontos da reunião:

Assista ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamar os ministros do STF de vagabundos:

22/05/2020, sexta-feira - Assista ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, dizendo para aproveitar que todos só falam na pandemia para 'passar a boiada' da mudança das regras ambientais, sem chamar muita atenção:

22/05/2020, sexta-feira - O ministro do STF, Celso de Mello, enviou a Procuradoria Geral da República (PGR) três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares que pedem novos desdobramentos na investigação sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Fedearal. Entre as medidas solicitadas estão o depoimento do presidente, e a busca e apreensão do celular dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para perícia. Celso de Mello enviou os casos para análise da PGR e ressaltou que compete ao PGR analisar os fatos colocados. Não há prazo para Aras decidir sobre os pedidos.

22/05/2020 - Sexta-feira - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (22) em entrevista à rádio Jovem Pan que "jamais" entregaria o próprio celular em caso de uma determinação judicial. Segundo Bolsonaro, ele só entregaria o celular se fosse um “rato”. 

22/05/2020, sexta-feira - 22/05/2020, sexta-feira - O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, afirmou por meio de nota que a eventual apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro seria “inconcebível” e teria “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. Oposição vê tom de ameaça em nora e presidente Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, disse: "As instituições democráticas rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa".
Leia a nota na pintegra e veja repercussões.

Augusto Heleno


21/05/2020, quinta-feira - Ao vivo, por uma rede social Bolsonaro, mais uma vez, criticou as medidas de isolamento social e afirmou acreditar que "mais importante que a vida é a liberdade". Ao falar sobre a pandemia, disse: "morre muito mais gente de pavor do que de um ato em si". Ele ainda reforçou que a aficácia da Cloroquina não tem comprovação científica. Segundo Bolsonaro, o que ele mais quer é que o país volte à "normalidade".

Bolsonaro durante a live

21/05/2020, quinta-feira - O STF decidiu limitar a Medida Provisória assinada por Bolsonaro que livra agentes púbicos de punição por 'equívocos ou omissões' no combate ao Coronavírus. Na sessão de hoe, o relator, ministro Luís Roberto Barroso, votou pela manutenção da validade da medida provisória, mas fez uma limitação. Ele descartou que a regra possa ser aplicada para atos de improbidade administrativa. O ministro defendeu um ajuste na interpretação da MP para caracterizar o que pode ser considerado erro grosseiro: atos que atentem contra a saúde, a vida e o meio ambiente porque o agente público deixou de seguir critérios técnicos e científicos das autoridades reconhecidas nacionalmente e internacionalmente. “Propinas, superfaturamentos ou favorecimentos indevidos são condutas ilegítimas com ou sem pandemia. Portanto, crime não está protegido por essa MP [...] E atos ilícitos, tampouco. Qualquer interpretação que dê imunidade a agentes públicos por atos ilícitos ou de improbidade ficam desde logo excluídos. O alcance dessa MP não colhe atos ilícitos e de improbidade".

Luís Roberto Barroso, ministro do STF

21/05/2020, quinta-feira - 21/05/2020, quinta-feira - O presidente Jair Bolsonaro participou de uma videoconferência com governadores para trata do enfrentamento da crise do coronavírus. Na abertura do encontro, ele afirmou que deve sancionar nesta quinta o projeto de auxílio financeiro a estados e municípios. Ao lado do presidente estavam Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (DEM-AP). Bolsonaro pediu consenso em torno da manutenção dos vetos que pretende fazer ao projeto. Um dos trechos que o presidente já disse que vai vetar permitia reajuste a servidores no período da pandemia. O congelamento era uma contrapartida pedida pelo governo, mas o texto foi modificado no Congresso. "A cota de sacrifício dos servidores, pela proposta que está aqui, é não ter reajuste até 31 de dezembro do ano que vem", disse o presidente. Maia e Alcolumbre reforçaram a importância da ajuda financeira aos estados e municípios para o combate aos Coronavírus. O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, falou em nome dos demais governadores e agradeceu na reunião a "construção coletiva" para transformar em lei o projeto de socorro aos estados e municípios. "Todos os estados brasileiros pedem a sanção desse projeto de lei complementar, presidente. Ele é muito importante devido principalmente a essa queda brutal da atividade econômica", afirmou o governador. Ouvidos, vários participantes da reunião disseram ter tido um boa impressão da reunião. Para alguns, a reunião foi una clara tentativa de apaziguar os ânimos por parte do presidente que estava isolado. Mais uma atitude como agradar o Centrão com distribuição de cargos para tentar barrar um possível processo de impeachment. Mais uma vez, Bolsonaro desrespeitou normas de saúde. Foi o único a não usar máscara, abraçou e tocou nas pessoas, sendo até 'empurrado' por Rodrigo Maia em uma oportunidade durante a reunião.

Reunião com governadores

20/05/2020, quarta-feira - O Ministério da Saúde muda protocolo e libera, no SUS, o uso da Cloroquina e da Hidroxcloroquina até para casos leves de Covid-19. Estudos recentes não comprovaram eficácia no uso do medicamento em casos de Covid-19. Até então, o protocolo previa os remédios para casos graves. O novo protocolo é um desejo de Bolsonaro e foi um dos principais motivos da saída do último ministro da pasta, Nelson Teich. O atual ministro Eduardo Pazuello, é interinoe e gerneral. Vale ressaltar que nem Bolsonaro, nem Pazuello não são médicos. Especialistas criticaram o novo protocolo e alertaram sobre riscos no uso do medicamento.

Eduardo Pazuello

20/05/2020, quarta-feira - Após a decisão do Ministério da Saúde de liberar a Cloroquina para uso em casos leves de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde emitiu um alerta sobre o medicamento. O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, disse nesta quarta-feira (20) que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais e que não têm eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. "Todas as nações, particularmente aquelas com autoridades reguladoras, estão em posição de aconselhar seus cidadãos sobre o uso de qualquer droga. Entretanto, sobre a hidroxicloroquina e a cloroquina, que já são licenciadas para muitas doenças, eu diria que, até esse estágio, nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina têm sido efetivas no tratamento da Covid-19 ou nas profilaxias contra a infecção pela doença. Na verdade, é o oposto", disse Ryan.

Coloroquina

20/05/2020, quarta-feira - O empresário Paulo Marinho prestou depoimento nesta quarta-feira (20), na sede da Polícia Federal do Rio, na Praça Mauá, região central, por cerca de cinco horas e meia. Na saída declarou que não podia falar sobre o assunto pois o inquérito está sob sigilo e para não atrapalhar as investigações. O MPF informa que desarquivou um inquérito policial sobre o suposto vazamento do caso. Marinho será ouvido pelo coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, Eduardo Benones. Marinho deve prestar domimento também nessa investigação.

Paulo Marinho na Polícia Federal

19/05/2020, terça-feira - O diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique de Souza, ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro, pediu para ser ouvido novamente pela PF na investigação que analisa denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro, afirmou em seu novo depoimento nesta terça-feira que foi procurado por Alexandre Ramagem, diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) antes de ser escolhido como diretor executivo da corporação. Ramagem teria perguntado a Carlos Henrique se aceitaria assumir o cargo como número 2 da PF, em que ele afirma ter respondido que "aceitaria". Essa versão desmente o presidente Bolsonar que afirmou que o atual diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, nomeado por Bolsonaro após saíde de Sergio Moro. No primeiro depoimento, Oliveira teria dito que não foi procurado por ninguém e pediu para prestar novo depoimento para esclarecer esta informação.

Carlos Henrique de Souza

19/05/2020, terça-feira - O empresário Paulo Marinho deve falar à Polícia Federal nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro sobre as informações publicadas na Folha de São Paulo, em que aformou que Flavio Bolsonaro recebeu informações de um delegado da Polícia Federal sobre a investigação 'Furna da Onça', em outubro de 2018.

Empresário Paulo Marinho

19/05/2020, terça-feira - No dia em que o Brasil oficialmente, pela primeira vez, conta mil mortos pela Covid-19, Bolsonaro faz piada. Em entrevista/live com o jornalista Magno Martins de Recife, o presidente, falando sobre o novo protocolo do Ministério da Saúde para a Cloroquina, faz uma piada. Disse: "Os de direita tomam Cloroquina e os de esquerda tomam Tubaína".

Cloroquina, Tubaína

18/05/2020, segunda-feira - O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que o ministro Celso de Mello decidirá até o fim desta semana sobre o sigilo da gravação da reunião ministerial de 22 de abril.

18/05/2020, segunda-feira- O Ministério Público Federal informou que vai investigar as novas denúncias de vazamentos na Superintendência da Polícia Federal do Rio, feitas pelo empresário Paulo Marinho.
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/18/mpf-abre-investigacao-para-apurar-suposto-vazamento-da-pf-na-operacao-furna-da-onca.ghtml

18/05/2020, segunda-feira - Na revelação do empresário Paulo Marinho apareceu um novo personagem. O advogado Victor Alves escolhido para ir ao encontro com o delegado federal que vazou a operação Furna da Onça é investigado no esquema das rachadinhas. O nome dele aparece no mesmo relatório de inteligência que aponta movimentações suspeitas do gabinete de Flávio Bolsonaro. 

Vitor Alves e Flavio Bolsonaro

18/05/2020, segunda-feira - O governo nomeou o advogado Garigham Amarante Pinto, indicado do PL para o cargo de diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Garigham é homem de confiança do presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, condenado no julgamento do mensalão. O presidente Jair Bolsonaro, nas últimas semanas, passou a negociar cargos do governo com siglas da Câmara, em especial com aquelas que fazem parte do chamado Centrão.

Valdemar da Costa Neto

18/05/2020, segunda-feira - O desmatamento da Amazônia em abril foi o maior dos últimos dez anos, com 529 km² da floresta derrubada. Os dados divulgados hoje são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que não é ligado ao governo.

Desmatamento recorde

17/05/2020, domingo - O empresário Paulo Marinho disse ao jornal Folha de S. Paulo, que Flávio Bolsonaro foi avisado com antecedência por um delegado da Polícia Federal sobre a deflagração da Operação Furna da Onça, que culminou na prisão de diversos parlamentares do estado do Rio em novembro de 2018.

Flavio Bolsonaro

17/05/2020, domingo - O presidente Jair Bolsonaro e pelo menos 11 ministros recepcionaram uma manifestação pró-governo cujos participantes, após uma carreata, se concentraram em uma aglomeração em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Bolsonaro destacou, em rede social ao vivo, que não havia nenhuma faixa, nem cartaz com frases antidemocráticas. Mas em outros pontos da manifestação, foram flagradas diversas faixas e cartazes com pedidos por fechamento do Congresso, STF e pedidos por um governo militar. Foi apurado também que o secretário de segurança e coordenação do Planalto, general Luiz Fernando Baganha, pediu que as faixas fossem retiradas da frente do Palácio. Mais uma vez, Bolsonaro descumpriu orientações sanitárias e se aproximou de pessoas, cumprimentou, apertou mãos.

Entorno da Esplanada dos Ministérios

16/05/2020, sábado - Centrão: Acariciando o Centrão, Bolsonaro reconduziu para o cargo de conselheiro da hidrelétrica de Itaipu o ex-deputado federal e ex-ministro Carlos Marun, do MDB. Outro reconduzido para o conselho da Itaipu é o ex-deputado federal José Carlos Aleluia. Ele é próximo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, que nesta semana se reuniu com Bolsonaro após troca de farpas dos dois lados.

Ex-deputado Carlos Marun

15/05/2020, sexta-feira - Ministro Nelson Teich pede demissão. Em pronunciamento, disse que "escolheu sair", mas não explicou os motivos. O ponto central teria sido a mudança do protocolo para uso da cloroquina. Estudos mostram que o remédio não tem eficácia contra o coronavírus, e mesmo assim, o governo anunciou que vai orientar sobre o uso do medicamento para quadros leves da Covid-19.

15/05/2020, sexta-feira - Após saída do ex-ministro, Nelson Teich, o Ministério da Saúde informou que vai orientar o uso de Cloroquina para pacientes com quadros leves de Covid-19, apesar de estudos recentes revelarem que não houve eficácia do medicamento.

15/05/2020, sexta-feira - Veja na íntegra o pronunciamento de Nelson Teich.

14/05/2020, quinta-feira - Bolsonaro editou MP que livra agente público de punição no combate ao Corona Vírus. (quase um excludente de ilicitude); desautorizou o ministro da saúde, Nelson Teich, ao defender o uso da Cloroquina no início da doença. No dia 13/05, Teich revelou não apoiar o uso do medicamento.

14/05/2020, quinta-feira - Bolsonaro, em reunião virtual com empresários, pediu que empresários declarem ‘guerra’ a governadores pelo fim do isolamento. “Que joguem pesado”. (João Doria, governador de São Paulo, diz que Bolsonaro está interessado em atender empresários em vez de preservar vidas). Reiterou que os governadores que não respeitarem o Decreto que estabelece a reabertura de academias, barbearias e cabeleireiros estão cometendo desobediência civil; voltou a apoiar o isolamento vertical e deu o exemplo da Suécia que adotou o isolamento deste tipo, sem dizer que o país voltou atrás depois de ter um aumento enorme no número de casos; declarou que falou com o ministro da saúde, Nelson Teich que o Conselho Federal de Medicina recomendou o uso da Cloroquina a partir dos primeiros sintomas da Covid-19 (o CFM, após a live disse que liberou aos médicos o uso do medicamento e que liberação não é a mesma coisa que recomendação). 

14/05/2020, quinta-feira - Aproximação com Rodrigo Maia - Bolsonaro recebe Rodrigo Maia no Planalto após criticá-lo em encontro com empresários. O encontro aconteceu à tarde, depois de Bolsonaro, em uma videoconferência pela manhã com empresários, tecer críticas à condução de medidas provisórias pelo presidente da Câmara. "Conversamos sobre o momento, sobre como é que cada vem enxergando esta crise. Nós sabemos qual é a posição do presidente, hoje mesmo ele falou. Eu tenho a minha posição. Ele sabe qual é. O que eu disse ao presidente é que precisamos encontrar os pontos que nos unem", afirmou Maia. Quando estava na rampa do Palácio do Planalto, Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre como havia sido a conversa com Rodrigo Maia. “Voltamos a namorar”, respondeu o presidente.

14/05/2020, quinta-feira - Divulgada transcrição do video da reunião ministerial do dia 22 de abril. Falas de Bolsonaro: "Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho as inteligências das Forças Armadas que não têm informações; a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente… temos problemas… aparelhamento, etc. A gente não pode viver sem informação." - "Quem é que nunca ficou atrás da… da… da.. porta ouvindo o que o seu filho ou sua filha tá comentando? Tem que ver pra depois... depois que ela engravida não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes. Depois que o moleque encheu os cornos de droga, não adianta mais falar com ele: já era. E informação é assim. [referências a Nações amigas]. Então essa é a preocupação que temos que ter: a "questão estratégia". E não estamos tendo." - "E me desculpe o serviço de informação nosso - todos - é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá pra trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade (...)" - "Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro e oficialmente não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe. Troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira (...)" "Eu não vou esperar f... minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar." 

13/05/2020, quarta-feira - O delegado Carlos Henrique Oliveira, até ontem superintendente da Polícia Federal e nomeado hoje diretor-executivo da PF, desmentiu o presidente Bolsonaro em dois trechos do depoimento. Ele disse que a corporação no Rio não enfrentava problemas de produtividade e desmentiu a versão do presidente sobre investigações da PF relacionadas à família de Bolsonaro. Hoje, Carlos Henrique disse que tem conhecimento de uma investigação no âmbito eleitoral cujo inquérito já foi relatado, não tendo havido indiciamento. Flávio Bolsonaro, filho do presidente, foi alvo de uma investigação eleitoral que já foi relatada pela Polícia Federal e trata do suposto enriquecimento ilícito do hoje senador.13/05/2020, quarta-feira - Secretários de saúde citam alta de mortes e dizem que não é hora de discutir redução do isolamento social.

delegado Carlos Henrique Oliveira

13/05/2020, quarta-feira - Bolsonaro disse ter decidido acabar com as reuniões do conselho de ministros, como a realizada no dia 22 de abril. Esses encontros costumam acontecer quinzenalmente, com a presença do presidente, dos ministros e outras autoridades. "Não vai ser do conselho, vai ser um café da manhã, de 8h até 9h da manhã, café, 9h/ 9h30 o pessoal vai embora. Bater um papo, um olhar para a cara do outro, trocar uma ideia tá ok? E, individualmente, tratar alguns assuntos, mas uma reunião muito mais de confraternização mensal de todos os ministros de uma hora e meia no máximo".

13/05/2020, quarta-feira - A defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro pediu  ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que divulgue a íntegra do vídeo de reunião ministerial realizada em 22 de abril.

13/05/2020, quarta-feira - O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, afirmou em depoimento, no inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na PF, que em 2019 foi sondado pelo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, se aceitaria assumir o cargo de superintendente da PF no Rio de Janeiro. Segundo Saraiva, ele disse "prontamente" que sim.

Alexandre Saraiva

13/05/2020, quarta-feira - Após muitas idas e vindas na Justiça, os exames de Bolsonaro para a novo coronavírus foram entregues pelo governo ao Supremo Tribunal Federal, e o resultado foi aberto ao público nesta quarta-feira: os laudos apresentados deram negativo. Bolsonaro usou os codinomes Rafael, Airton e '05' nos testes de coronavírus para preservar identidade.

13/05/2020, quarta-feira - Bolsonaro declara que ministro Luiz Eduardo Ramos se enganou ao revelar em depoimento que Bolsonaro citou a PF no vídeo citado por Moro e voltou a afirmar que não existe as palavras "polícia Federal" e "superintendência" no vídeo. “O Ramos se equivocou. Mas como é reunião, tem o vídeo. O Ramos, se ele falou isso, se equivocou. Se ele falou isso aí”. No depoimento de terça, questionado sobre a reunião, Ramos afirmou que: "Por duas vezes, ouviu o presidente da República reclamar da necessidade de ter mais dados de inteligência para a tomada de decisões e que, contudo, na reunião do dia 22 de abril, nominou os órgãos Abin, Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Militar dos estados e, se outros foram mencionados, não se recorda".

13/05/2020 - Na transcrição do vídeo liberada pelo ministro Celso de Melo, o presidente cita "PF" em trecho do vídeo.

12/05/2020, terça-feira - Compartilhou postagem fake do deputado André Fernandes (PSL-CE) sobre diminuição de mortes por doenças respiratórias no Ceará. A rede social retirou a postagem dos dois e colocou mensagem que era notícia falsa.

12/05/2020, terça-feira - Após o ministro da Saúde, Nelson Teich, ter alertado sobre riscos da cloroquina no tratamento da covid-19, Bolsonaro fez uma defesa do remédio e disse que os ministros de seu governo devem estar "afinados" com ele. "Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está acontecendo". Disse ainda que cobrará de Teich uma mudança no protocolo sobre o medicamento. "Nós estamos tendo centenas de mortes por dia. Se existe uma possibilidade de diminuir esse número com a cloroquina, por que não usar? Alguns falam que pode ser placebo. Pode ser. Você não sabe. Mas pode não ser também. A gente não pode, por exemplo, falar: 'Ah, se tivesse usado a cloroquina lá atrás, teria salvo milhões de pessoas. Só isso". Duas pesquisas internacionais realizadas com mais de 1.300 pacientes mostraram que a cloroquina e a hidroxicloroquina não têm eficácia contra a covid-19.

12/05/2020, terça-feira - O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta terça (12/05), pelo Twitter, que os pacientes com receita médica para o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 devem entender os riscos associados ao medicamento e assinar um termo de consentimento. “Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o ‘termo de consentimento’ antes de iniciar o uso da cloroquina”, escreveu Teich.

12/05/2020, terça-feira - Bolsonaro afirmou que a gravação da reunião ministerial de 22 de abril deveria ter sido destruída. "Em reunião ministerial, sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgada. A fita era para ser destruída – após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei por que não foi. [Inaudível] Poderia ter falado isso [que a fita foi destruída]? Poderia. Mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso, resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar". "Esse vazador está prestando desserviço. Não existe no vídeo a palavra 'Polícia Federal' nem 'superintendência'. Não existem as palavras 'superintendente' nem 'Polícia Federal'". Bolsonaro ainda disse, sem mencionar nomes, que o "vazador" do vídeo está "desinformando". "O que a mídia tá divulgando agora é um fake news. Um informante, ou vazador, está desinformando", declarou. “PF nunca investigou ninguém da minha família, certo? Isso não existe no vídeo. Estão sendo mal informados. Vi agora uma TV dizendo lá que eu interferi na PF em defesa da família. Isso não existe no vídeo”.

12/05/2020, terça-feira - Quatro fontes que assistiram ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, exibido a advogados e investigadores em Brasília, confirmaram à TV Globo e à GloboNews os motivos externados pelo presidente Jair Bolsonaro para exigir a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Um dos presentes à exibição do vídeo relatou que Bolsonaro disse: "Já tentei trocar o chefe da segurança do Rio de Janeiro. Se não posso trocar, troco o chefe dele, troco o ministro”. “Não vou esperar foder alguém da minha família. Troco todo mundo da segurança. Troco o chefe, troco o ministro”.

11/05/2020, segunda-feira - Ministro da Saúde, Nelson Teich, foi pego de surpresa, durante uma coletiva, sobre a edição do Decreto que inclui atividades de beleza, barbearias e academias na lista de "serviços essenciais". "Isso não é atribuição nossa, é decisão do presidente. A decisão de atividades essenciais é uma coisa a ser definida pelo Ministério da Economia. O que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a definição, de uma atividade ser essencial ou não, passa pela tua capacidade de fazer isso de uma forma que proteja as pessoas".

Nelson Teich

11/05/2020, segunda-feira - Bolsonaro edita Decreto, em edição especial do Diário Oficial, à tarde, que incluiu as atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de "serviços essenciais". Ainda que o governo federal estabeleça quais atividades podem continuar em meio à pandemia, o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que cabe aos estados e municípios o poder de estabelecer políticas de saúde – inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais. Nos três novos itens, o texto do decreto afirma que precisam ser "obedecidas as determinações do Ministério da Saúde".

11/05/2020, segunda-feira - A Polícia Federal recebeu a gravação da reunião de 22 de abril do Conselho de Ministros, no Palácio do Planalto, mencionada em depoimento pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro no inquérito que investiga a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

11/05/2020, segunda-feira - Em depoimento à Polícia Federal, no inquérito aberto por ordem do ministro Celso de Mello, do STF, Marcelo Valeixo, ex-diretor-geral da PF, diz que, por telefone, Bolsonaro disse que: "em duas oportunidades, uma presencialmente, outra pelo telefone, o presidente da República teria dito ao depoente que gostaria de nomear ao cargo de diretor-geral alguém que tivesse maior afinidade". Disse também que Bolsonaro telefonou para informar que a exoneração dele do cargo seria publicada "a pedido". Afirmou "que não houve formalização do pedido de exoneração".

Marcelo Valeixo

11/05/2020 - Declara, na rampa do Planalto, que no vídeo da reunião citado por Moro, não há as palavras "Polícia Federal", e "Superintendência".

09/05/2020, sábado - Bolsonaro disse, de manhã, que era fake o churrasco que ele mesmo tinha anunciado que faria neste sábado com servidores e ministros, no Palácio da Alvorada. À tarde, num passeio de moto aquática, Bolsonaro afirmou que o Brasil vive uma neurose com o novo Coronavírus.

08/05/2020, sexta-feira - Ironizou o churrasco anunciado no dia 07/05, após apoiadores perguntarem se estavam convidados. "Churrasco, só estou convidando a imprensa. Já tem 180 convidados. Já tem 180 convidados. Tem 210 chefes de família. Deve dar 500 pessoas no churrasco amanhã, tá ok? Última palavra aqui. Tem 1.300 convidados, quem estiver amanhã aqui, e tiver mil, a gente bota para dentro. Então vai ficar mais ou menos três mil pessoas no churrasco amanhã, tá ok?.

07/05/2020, quinta-feira - Contrariando mais uma vez as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de isolamento social durante o período de pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 7, que fará um churrasco no próximo sábado, 9, para uns 30 convidados. “Vou fazer churrasco sábado aqui em casa. Vamos bater um papo, quem sabe uma peladinha. Devem ser uns 30 (convidados). Não vai ter bebida. Vai ter vaquinha, R$ 70,00”, afirmou o presidente ao retornar no final do dia para o Palácio da Alvorada.

07/05/2020, quinta-feira – Bolsonaro, acompanhado de ministros e empresários, caminha até o STF, sem aviso prévio, pegando todos no Tribunal de surpresa, pede reunião com o presidente Dias Toffoli e pressiona STF para que medidas de isolamento sejam amenizadas.

06/05/2020, quarta-feira - O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) manteve, a determinação para que a Advocacia-Geral da União (AGU) divulgue os laudos dos exames de Bolsonaro para o novo coronavírus.

06/05/2020, quarta-feira – Centrão: O governo transferiu a direção-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para o Centrão. (sempre declarou que jamais faria esses acordos por apoio. "Nova Política"); O novo diretor-geral da PF, Ronaldo de Souza, escolhe Tácio Muzzi para a superintendência do Rio.

05/05/2020, terça-feira - Após registros de agressões cometidas por apoiadores do governo em atos nos últimos dias, Bolsonaro, pela manhã, negou que tenha havido violência, mas não especificou se falava de uma manifestação específica ou de todas. Questionado sobre as agressões, ele gritou aos jornalistas: "Cala a boca". À tarde deu novas declarações sobre o episódio: "Para vocês entenderem como é essa imprensa que está aí. Mandei levantar se houve corpo de delito. Ele [o jornalista agredido] não pediu corpo de delito. Tá certo? Não fez corpo de delito. Então, se houve agressão, verbal, o que eles fazem o tempo todo conosco. A gente não pega agressão nenhuma, zero, zero agressão. Mas houve um superdimensionamento daquilo por parte da mídia porque o interesse deles é um só: é tirar a gente daqui".

Bolsonaro: "Cala a boca!"

05/05/2020, terça-feira - Ao ser questionado pelos jornalistas se havia pedido a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira, disse: "Cala a boca. Cala a boca. Está saindo para ser diretor-executivo, a convite do atual diretor-geral. Não interfiro em nada. Se ele fosse desafeto meu e se eu tivesse ingerência na PF, não iria para lá. É a mensagem que vocês dão". "Não tenho nada contra o superintendente do Rio de Janeiro. E não interfiro na Polícia Federal. E ele está sendo convidado para ser diretor-executivo. É o zero dois." 

05/05/2020, terça-feira - O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Rolando de Souza, escolheu nesta terça-feira (05/05) o delegado Tácio Muzzi passa assumir a Superintendência da PF do Rio de Janeiro. O indicado não estava entre os escolhidos pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O estado é reduto político da família do presidente e concentra investigações que já envolveram pessoas próximas do clã.

Tácio Muzzi

04/05/2020, segunda-feira - O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize novas diligências no inquérito que apura suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Os pedidos de Aras se concentram em quatro frentes: depoimentos de pessoas citadas por Moro em depoimento; recuperação de áudio ou vídeo que comprove a suposta tentativa de interferência; verificação das assinaturas do ato de exoneração do ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo; e perícia nas informações obtidas a partir do celular de Moro. No pedido ao STF, Augusto Aras solicita que a PF tome depoimentos de 10 pessoas citadas ou relacionadas à acusação feita por Moro entre elas ministros e a deputada Carla Zambelli. Aras também pede que Celso de Mello determine à Secretaria-Geral da Presidência da República o envio de cópia dos "registros audiovisuais" de uma reunião entre Bolsonaro, ministros e presidentes de bancos públicos no Palácio do Planalto, em 22 de abril.

Augusto Aras

04/05/2020, segunda-feira - O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, decidiu trocar a chefia da superintendência do Rio de Janeiro. Carlos Henrique Oliveira, atual comandante do estado, foi convidado por Souza para ser o diretor executivo da Polícia Federal, ou seja, ele deixaria a chefia do Rio para ir para o posto n° 2 da Polícia Federal. Ainda não foi divulgado o nome de quem irá substituí-lo.

04/05/2020, segunda-feira - Bolsonaro nomeia e dá posse uma hora depois ao delegado Rolando de Souza no comando da PF. 

delegado Rolando de Souza

04/05/2020, segunda-feira - Os militares não gostaram de como o chefe do Executivo usou o nome das Forças Armadas durante fala em manifestações antidemocráticas, em Brasília, e avaliam que ele coloca os militares numa disputa que não é deles. Segundo interlocutores da cúpula militar do governo, eles avaliam que o presidente acabou usando uma reunião convocada no último sábado (2) para passar, mais uma vez, a falsa mensagem de que as Forças Armadas apoiam os ataques feitos por Bolsonaro ao Judiciário e Legislativo.

04/05/2020, segunda-feira - O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou em nota que as Forças Armadas "cumprem sua missão constitucional" e que estarão "sempre ao lado da lei, da ordem, da Democracia e da liberdade". A nota do Ministério da Defesa também classifica como "inaceitável" a agressão a profissionais de imprensa. "A liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável".

04/05/2020, segunda-feira - Os ex-presidentes da República Michel Temer (2016-2018), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Fernando Collor de Mello (1990-1992) alertaram nesta segunda-feira (4) para o risco de crise institucional no país.

03/05/2020, domingo - Equipe do jornal 'O Estado de São Paulo' sofreu agressão física durante a cobertura do ato em frente ao Planalto. Este domingo (3) é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Durante o ato, jornalistas de diversos veículos foram agredidos e hostilizados por participantes do protesto. Um motorista do "Estadão", que dava apoio à equipe de reportagem, foi atingido por uma rasteira. O fotógrafo Dida Sampaio, do mesmo jornal, foi empurrado e sofreu chutes e murros. Além do "Estadão", houve agressão e ofensa a equipes da "Folha de S. Paulo", do jornal O Globo e do site "Poder360".

03/05/2020, domingo - Manifestantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto para pedir o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, além de defender uma "intervenção militar com Bolsonaro" e criticar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Sem máscara, Bolsonaro cumprimentou o grupo e ajudou a estender uma bandeira na rampa do Planalto. Bolsonaro declarou, em fala transmitida nas redes sociais, que tem "as Forças Armadas ao lado do povo" e que "não vai aceitar mais interferência". "Vamos tocar o barco. Peço a Deus que não tenhamos problemas nessa semana. Porque chegamos no limite, não tem mais conversa. Tá ok? Daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla-mão. Não é de uma mão de um lado só não. Amanhã nomeamos novo diretor da PF". O presidente não explicou o que pretende fazer para evitar tais interferências ou qual seria o "limite" citado. 

02/05/2020, sábado - O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro prestou depoimento de mais de oito horas na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O depoimento começou pouco depois das 14h e terminou por volta das 22h40. Moro deixou o prédio no começo da madrugada deste domingo (3), pelos fundos, sem dar entrevista. No depoimento, Moro revela mensagens trocadas com o presidente que, segundo ele, comprovam a tentativa de interferência política na Polícia Federa. Numa das mensagens, em fevereiro, Bolsonaro teria dito: "Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro". Veja os principais pontos do depoimento: 

01/05/2020, sexta-feira – Enfermeiros são agredidos por apoiadores de Bolsonaro, em ato de protesto por melhores condições de trabalho e pela manutenção do isolamento social, na Praça dos Três Poderem, em Brasília. 

30/04/2020, sexta-feira – O ministro do STF, Celso de Mello reduz prazo para oitiva de Moro para até 5 dias.

30/04/2020, quinta-feira - Três parlamentares pediram ao ministro Celso de Mello, do STF, para antecipar o depoimento do ex-ministro Sergio Moro no inquérito que apura a suposta interferência de Bolsonaro na autonomia da Polícia Federal. Ao determinar a abertura do inquérito, Celso de Mello deu prazo de 60 dias para que Moro seja ouvido.

30/04/2020, quinta-feira - O ministro da Saúde, Nelson Teich disse que não é possível iniciar a liberação do isolamento social diante da curva de mortes provocadas pelo novo coronavírus em "franca ascendência". "Se uma diretriz puder soar como recomendação de relaxamento, isso seria muito ruim. Não é o caso".

30/04/2020, quinta-feira - O ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou que as medidas de saúde voltadas ao combate à pandemia do coronavírus devem ser técnicas, não baseadas em "achismos" ou "pseudomonopólios de poder". Moraes deu a declaração durante o julgamento que discute a validade de trechos de medidas provisórias (MPs) que concentram no governo federal as decisões sobre saúde e transporte durante a pandemia. Ao defender a suspensão de alguns trechos, Moraes afirmou que "O Brasil já chega quase a seis mil mortos. Enquanto nós continuarmos, e entes federativos continuarem brigando judicialmente ou pela imprensa, a população é que sofre. A população não está muito preocupada com a divisão de competências administrativas ou legislativas. A população quer um norte seguro para que ela tenha saúde durante esse período de calamidade, [tenha] segurança, trabalho, e tenha esperança para a segunda onda".

Alexandre de Moraes, ministro do STF

30/04/2020, quinta-feira - Bolsonaro voltou a falar da derrubada de sua nomeação para chefia da Polícia Federal. "No meu entender, uma decisão política", disse. O presidente afirmou que Alexandre de Moraes (autor da decisão que vetou a escolha do nome de Alexandre Ramagem) foi para o STF por "amizade com o senhor [ex-presidente] Michel Temer. Ou não foi?". Bolsonaro declarou: "Eu não engoli ainda essa decisão do senhor Alexandre de Moraes. Não engoli".

30/04/2020, quinta-feira - A Advocacia-Geral da União informou à Justiça Federal de SP que o presidente não contraiu a Covid-19, mas não enviou o exame com o resultado negativo, conforme havia sido determinado pela juíza. Um relatório médico foi apresentado no lugar. À noite, a magistrada deu 48 horas para Bolsonaro apresentar os laudos, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia.

29/04/2020, quarta-feira - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. A decisão é liminar – ou seja, provisória – e foi tomada em ação movida pelo PDT. Ao suspender a nomeação, Moraes citou as alegações de Moro e afirmou que há indício de desvio de finalidade na escolha de Ramagem, "em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público". O desvio de finalidade ocorre quando um ato do poder público não atende os princípios que deveria obedecer. A Advocacia Geral da União disse que o governo não iria recorrer. Mas no final da tarde Bolsonaro afirmou que insistirá na nomeação de Ramagem: "Quem manda sou eu".

28/04/2020, terça-feira - Bolsonaro nomeia Alexandre Ramagem no cargo de Diretor-geral da Polícia Federal. Ramagem era diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Alexandre Ramagem

28/04/2020, terça-feira - No dia em que o Brasil ultrapassou os 5 mil mortos pela Covid-19 superando a China, indagado por uma repórter, na portaria do Palácio da Alvorada, "A gente ultrapassou o número de mortos da China por covid-19", o presidente respondeu: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre". Em outro parte da mesma entrevista, Bolsonaro afirmou: "As mortes de hoje, a princípio, essas pessoas foram infectadas há duas semanas. É o que eu digo para vocês: o vírus vai atingir 70% da população. Infelizmente é a realidade. Mortes vão (sic) haver. Ninguém nunca negou que haveria mortes".

Bolsonaro: E daí?

27/04/2020, segunda-feira - Jornal O Estado de São Paulo obtém na Justiça Federal o direito de ter acesso aos resultados dos exames de Bolsonaro para o Corona Vírus. Decisão de juíza federal determina que governo forneça os laudos de todos os exames em 48 horas.

27/04/2020, segunda-feira - A procuradora da República, Raquel Branquinho, afirmou em ofício que Bolsonaro violou a Constituição ao determinar ao Exército a revogação de portarias que facilitavam o rastreamento de armas e munição. “Ao assim agir, ou seja, ao impedir a edição de normas compatíveis ao ordenamento constitucional e que são necessárias para o exercício da atividade desempenhada pelo comando do Exército, o sr. presidente da República viola a Constituição Federal, na medida em que impede a proteção eficiente de um bem relevante e imprescindível aos cidadãos brasileiros, que é a segurança pública". Agora a Procuradoria da República vai decidir se abrirá procedimento para investigar a conduta do presidente. Os textos estabeleciam maior controle sobre as armas e munição, mas Bolsonaro alegou que iam contra as propostas que ele apresenta desde a campanha eleitoral.

27/04/2020, segunda-feira - O ministro do STF, Celso de Mello autorizou o inquérito para apurar as declarações de Moro com acusações à Bolsonaro. "No caso concreto, como já precedentemente ressaltado, o eminente Chefe do Ministério Público da União teria identificado, nas condutas atribuídas ao Presidente da República pelo então Ministro da Justiça e Segurança Pública, a possível prática de fatos delituosos que se inserem, considerada a disciplina constitucional do tema, no conceito de infrações penais comuns resultantes de atos não estranhos ao exercício do mandato presidencial". "Nunca é demasiado reafirmá-lo, a ideia de República traduz um valor essencial, exprime um dogma fundamental: o do primado da igualdade de todos perante as leis do Estado. Ninguém, absolutamente ninguém, tem legitimidade para transgredir e vilipendiar as leis e a Constituição de nosso País. Ninguém, absolutamente ninguém, está acima da autoridade do ordenamento jurídico do Estado".

Celso de Mello, ministro do STF

24/04/2020, sexta-feira - O ex-ministro da Justiça Sergio Moro exibiu à TV Globo uma troca de mensagens entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, ocorrida nesta quinta (23), na qual Bolsonaro cobrou mudança no comando da Polícia Federal. O ex-ministro mostrou ao JN a imagem de uma troca de mensagens com a deputada federal Carla Zambelli (PSL), aliada de primeira hora de Bolsonaro. Ela, inclusive, estava nesta sexta ao lado do presidente durante o pronunciamento. Na troca de mensagens, Carla Zambelli diz: "Por favor, ministro, aceite o Ramage", numa referência a Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ramagem é um dos candidatos de Jair Bolsonaro para a Direção-Geral da Polícia Federal. "E vá em setembro pro STF", enviou a deputada. "Eu me comprometo a ajudar", acrescentou. "A fazer JB prometer", completou. Sergio Moro, então, rechaça a proposta: "Prezada, não estou à venda".

24/04/2020, sexta-feira - O ministro do STF, Alexandre de Moraes ordena que PF mantenha os delegados em inquéritos sobre fake news e a tos antidemocráticos. Moraes é relator dos dois casos e responsável por coordenar as investigações junto à PF. Decisão foi tomada nesta sexta, após ministro Sergio Moro pedir demissão e afirmar que Jair Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal. Na prática, a decisão de Alexandre de Moraes tenta "blindar" as investigações, independentemente de quem assuma o comando da PF ou do Ministério da Justiça.

24/04/2020, sexta-feira - O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu autorização ao STF para abrir um inquérito obre os fatos narrados e as declarações feitas pelo então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro. Entre as providências, Aras solicita ao Supremo a oitiva de Sergio Moro. A PGR aponta, em tese, crimes de falsidade ideológica; coação no curso do processo – uso de violência ou ameaça contra uma pessoa em processo judicial ou administrativo, por interesse próprio; advocacia administrativa – promoção de interesse privado na administração pública; prevaricação – quando o agente público retarda ou não pratica ato previsto em lei para satisfazer interesse pessoal; obstrução de justiça; contra Bolsonaro e corrupção passiva privilegiada; denunciação caluniosa e crimes contra a honra – calúnia, injúria e difamação contra Moro, caso ele esteja mentindo.

24/04/2020, sexta-feira - À tarde, Bolsonaro respondeu às acusações de Moro. "Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: 'Você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que o senhor me indicar para o Supremo Tribunal Federal'. Me desculpe, mas, não é por aí”. Bolsonaro firmou no pronunciamento que Valeixo estava "cansado" e que comunicou Moro, na manhã de quinta-feira, que seria publicada a exoneração do diretor-geral da PF "a pedido". "Bem, ele relutou, o senhor Sergio Moro, e falou: 'Mas o nome tem que ser o meu'. Eu falei: 'Vamos conversar. Por que que tem que ser o seu, e não o meu?' Ou então vamos pegar, já que não vai ter interferência política, técnica ou humana, pegar os que têm condições e fazer um sorteio. Por que tem que ser o dele e não possivelmente o meu? Ou um de consenso entre nós dois?". "Sempre falei para ele: 'Moro, não tenho informações da Polícia Federal. Eu tenho que todo o dia ter um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas 24 horas, para poder bem decidir o futuro desta nação'. Eu nunca pedi a ele o andamento de qualquer processo, até porque a inteligência, com ele, perdeu espaço na Justiça, quase que implorando informações. E assim eu sempre cobrei informações dos demais órgãos de inteligência oficiais do governo, como a Abin, que tem à frente um delegado da Polícia Federal". "Falava-se em interferência minha na PF. Oras bolas, se posso trocar ministro, por que não posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da PF? Não tenho que pedir autorização para ninguém para trocar diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmide hierárquica do Poder Executivo". "Acertamos, como fiz com todos os ministros, vai ter autonomia no seu ministério. Autonomia não é sinal de soberania. A todos os ministros, e a ele também, falei do meu poder de veto. Os cargos-chave teriam que passar pelas minhas mãos, e eu daria ao sinal verde ou não. Para todos os ministros, foi feito dessa maneira. Mais de 90% desses cargos que passaram pelas minhas mãos eu dei o sinal verde. Assim foi também com o senhor Valeixo".

Bolsonaro se defende

24/04/2020, sexta-feira - Moro sai do governo após ser surpreendido com a exoneração da Marcelo Valeixo, Diretor-geral da Polícia Federal. A publicação com a exoneração de Valeixo no Diário Oficial tinha a assinatura eletrônica de Sérgio Moro e Jaír Bolsonaro. Em coletiva de imprensa, Moro faz graves acusações. Afirmou "Eu não assinei esse decreto e em nenhum momento o diretor da PF apresentou um pedido oficial de exoneração". No início da noite, a exoneração foi publicado numa edição extra do D.O. sem o nome de Moro. Que Bolsonaro admitiu que a mudança é uma interferência política porque pretende ter na PF alguém que lhe dê informações sobre investigações e inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal; para Moro, isso não é atribuição da PF. "O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse colher relatórios de inteligência, seja diretor, seja superintendente. E realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação". "Falei para o presidente que seria uma interferência política. Ele disse que seria mesmo". "Presidente também me informou que tinha preocupação com inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal e que a troca também seria oportuna da Polícia Federal por esse motivo. Também não é uma razão que justifique a substituição, é até algo que gera uma grande preocupação".

Sergio Moro acusa

23/04/2020, quinta-feira - Resumo de conflitos entre Moro e Bolsonaro: 28/02/2019 - Ilona Szabó. espcialista em segurança pública, foi nomeada por Moro ao Conselho Nacional de Política Criminal e Peitenciária. Moro revolgou a nomeação por causa de muitas críticas de apoiadores do presidente nas redes sociais. 15/08/2019 - Sem o conhecimento da cúpula da Polícia Federal e do ministro Moro, Bolsonaro anunciou a troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi. Bolsonaro afirmou que a troca se dará por problemas de produtividade. Mais tarde, a própria PF informou em nota que a mudança estava prevista havia meses e não tinha relação com a avaliação de Saadi no cargo. no cargo (o comunicado citou como substituto o nome de Carlos Henrique Oliveira Sousa, superintendente regional em Pernambuco). 16/08/2019 - Em entrevista na manhã desta sexta em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro declarou que o escolhido para comandar a PF no Rio de Janeiro seria Alexandre Silva Saraiva, atual superintendente no Amazonas, e não Carlos Henrique Oliveira Sousa, como citado anteriormente pela PF em nota. "O que eu fiquei sabendo, se ele resolveu mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu, [para] deixar bem claro. Eu dou liberdade para os ministros todos, mas quem manda sou eu. Pelo o que está pré-acertado, seria o lá de Manaus”. “Quando vão nomear alguém, falam comigo. Ué, eu tenho poder de veto? Ou vou ser um presidente banana, agora? Cada um faz o que bem entende, e tudo bem?”, acrescentou Bolsonaro. No fim da tarde, amenizou: "Está há três meses programado. Se quer o de Pernambuco, não tem problema, não. Tanto faz para mim. Eu sugeri o de Manaus e, se vier o de Pernambuco, não tem problema, não", garantiu o presidente, mudando o tom. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, não se manifestou sobre a troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro. Ele já defendeu a adoção de mandatos para o cargo de diretor-geral da PF como forma de diminuir interferências externas e de garantir a independência das investigações. A ideia deve ser discutida pelo Congresso. 19/08/2019 - Bolsonaro tranferiu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça, chefiado por Moro, para o Banco Central. 22/08/2019 - Questionado sobre a possibilidade de troca do superintendente do Rio, Bolsonaro disse que poderia tirar Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da PF. "Ele pode, o Valeixo pode querer sair hoje, não depende da vontade dele. E outra: ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí. Eu é que indico, está na lei, o diretor-geral. Agora, uma onda terrível sobre superintendência, 11 foram trocados, ninguém falou nada. Quando eu sugiro um cara de um estado para ir para lá, 'está interferindo'. Espera aí. Se eu não posso trocar um superintendente, eu vou trocar o diretor-geral, não se discute isso aí". Depois, em conversa com Moro, o presidente desistiu da iniciativa para evitar novos desgastes. 22/01/2020 - O presidente disse a secretários que estudaria a recriação do Ministério da Segurança Pública, o que, na prática, tiraria poderes de Moro.

23/04/2020, quinta-feira - Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, entraram em rota de colisão após o presidente comunicar a intenção de trocar o comando da Polícia Federal. Ao ser informado, Moro demonstrou perplexidade, já que Mauricio Valeixo é um nome de sua confiança, e ameaçou pedir demissão.

22/04/2020, quarta-feira - O ministro da Saúde anunciou Eduardo Pazuello como novo secretário-executivo do órgão. General do Exército, Pazuello assumirá o lugar de João Gabbardo, que ocupou o posto na gestão de Luiz Henrique Mandetta. O novo número 2 do Ministério da Saúde nasceu no Rio de Janeiro e se formou – assim como o presidente Jair Bolsonaro – na Academia Militar das Agulhas Negras.

21/04/2020, terça-feira - O ministro do STF, Alexandre de Moraes, manda abrir inquérito para apurar relações de deputados com atos contra a Democracia. Em sua decisão, Alexandre de Moraes classificou como "gravíssimos" os fatos apresentados pela PGR, uma vez que atentam contra o Estado Democrático de Direito brasileiro e as instituições republicanas. Na avaliação do ministro, “é imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”. O ministro afirma que são inconstitucionais – e não se confundem com a liberdade de expressão – as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático. Ainda de acordo com Moraes, também ofendem os princípios constitucionais as manifestações "que pretendam destruí-lo [o regime democrático], juntamente com instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito aos direitos fundamentais. Em suma, pleiteando a tirania".

20/04/2020, segunda-feira - Em meio à crise entre executivo e Planalto, duas Medidas Provisórias perdem a validade hoje, após o prazo de 120 dias após sua edição. Elas deveriam ter sido votadas pelo Congresso para virar Lei. A medida provisória (MP) que criou o contrato Verde e Amarelo, tem intuito de reduzir encargos trabalhistas de empresas e, dessa forma, estimular a geração de empregos, principalmente entre os jovens. A outra é a medida provisória (MP) que extinguiria, a partir de 2020, o seguro obrigatório Dpvat e o Dpem (impostos que incidem sobre os veículos.

20/04/2020, segunda-feira - Diversos políticos e personalidades repudiam a participação de Bolsonaro em ato anti-democrático. Governadores de 20 Estados enviam carta de apoio à Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. Rodrigo Maia "defender a ditadura é estimular a desordem", é "flertar com o caos". Segundo o presidente da Câmara, é "o Estado Democrático de Direito que dá ao Brasil um ordenamento jurídico capaz de fazer o país avançar com transparência e justiça social". Cúpula militar do governo atua para minimizar ida de Bolsonaro a ato e descarta risco à democracia. O procurador-geral da República, Augusto Aras reitera papel da PGR em velar pela ‘ordem jurídica que sustenta o regime democrático’. 

20/04/2020, segunda-feira - O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF a abertura de inquérito para apurar a organização de atos contra a Democracia. A investigação tem como pano de fundo atos realizados neste domingo (19) em todo o país e que tinham entre os manifestantes defensores do fechamento do Congresso, do STF e da reedição do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar no país. “O Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regime da democracia participativa. Qualquer atentado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional”, afirmou Aras. Para a PGR, não há nenhum indício de que o presidente tenha vínculo com a promoção desses eventos.

19/04/2020, domingo - Em manifestação em frente ao Quartel-General do Exército, no Dia do Exército, com faixas pedindo intervenção federal, fechamento do Congresso e do STF, presidente discursa na carroceria de uma caminhonete: "Estou aqui porque acredito em vocês". "Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Nós temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção, têm que ser patriotas e acreditar e fazer a sua parte para que nós possamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder." Antes da fala de Bolsonaro, manifestantes gritavam "Fora, Maia", "AI-5", "Fecha o Congresso", "Fecha o STF", palavras de ordem ilegais, inconstitucionais e contrárias à democracia. Alguns apoiadores do presidente carregavam faixas pedindo "intervenção militar já com Bolsonaro". As faixas tinham o mesmo padrão e pareciam ter sido feitas em série. "Todos no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro. Tenho certeza, todos nós juramos um dia dar a vida pela pátria. E vamos fazer o que for possível para mudar o destino do Brasil. Chega da velha política". 

Bolsonaro discursa em manifestação

18/04/2020, sábado - Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada e se deslocou até a sede do Poder Executivo. Ficou por 50 minutos no alto da rampa do Palácio do Planalto conversando com seguranças e acenando para um grupo de pessoas que estava junto à grade. Questionado por jornalistas se teria algum compromisso no local, disse que foi ao Planalto para "ver o movimento". Depois, o presidente se aproximou da grade e criticou governadores e prefeitos que determinaram o fechamento do comércio. Afirmou que as ações provocam efeitos negativos na economia. Citou a situação de trabalhadores informais e declarou que "milhões" de pessoas já perderam empregos com carteira assinada. em citar nomes, o presidente disse não querer acreditar que as medidas de isolamento sejam parte da vontade de "políticos" que, segundo ele, querem "abalar a Presidência da República". "Não vão me tirar daqui, tenho certeza", disse. Nesse momento, apoiadores começaram a gritar palavras de ordem contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na conversa com apoiadores neste sábado, Bolsonaro também disse que 70% da população vai ser infectada pelo novo coronavírus. "Se não for hoje, é semana que vem ou mês que vem. É uma realidade. Devemos é cuidar dos mais idosos, e aqueles que tem problema de saúde. Os demais, logicamente, é ter cuidado também, mas saber que tem que trabalhar". O presidente também pegou o celular de um visitante e falou com a pessoa que estava na linha. Antes de entrar, convidou uma família de oito pessoas que estava na portaria do Alvorada para conhecer o palácio.

16/04/2020, quinta-feira - Bolsonaro demite o ministro da saúde, Henrique Mandetta. Nelson Teich assume o Ministério da Saúde com discurso de alinhamento com o governo, afirmou que "Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país". Na cerimônia, Bolsonaro ignorou as recomendações de distanciamento e cumprimentou e abraçou autoridades.

15/04/2020, quarta-feira - O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, pediu demissão, alegando, segundo fontes, a provável saída do ministro da saúde. O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, não aceitou o pedido. "Entramos no ministério juntos, estamos no ministério juntos e sairemos do ministério juntos". Sobre o governo disse: "Claramente, isso não é desconhecido. Claramente há um descompasso entre o Ministério da Saúde. E isso daí, a gente colocou, deixa muito claro, que a gente vai trabalhar até 100% do limite das nossas possibilidades. Nada muda. Enquanto eu estiver no Ministério da Saúde, podem ter certeza que o povo está trabalhando". "ele [Bolsonaro] claramente externa que quer outro tipo de posição por parte do Ministério da Saúde. Que eu, baseado no que nós recebemos, baseado em ciência, eu tenho este caminho para oferecer. Fora desse caminho, tem que achar alternativas. E tem muitas alternativas, gente muito boa, gente muito experiente". 

Mandetta e Wanderson

12/04/2020, domingo - O ministro da saúde, Henrique Mandetta, dá entrevista para o Fantástico e diz que atitudes de Bolsonaro levam "dubiedade". "Brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente". 

11/04/2020, sábado - Bolsonaro descumpre recomendações sobre isolamento. Na visita ao canteiro de obras de um hospital de campanha em Águas Lindas, Goiás, o presidente, em meio à aglomeração provocada por sua presença, retirou a máscara e cumprimentou quem se aproximava. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, acompanhou de longe. Ao ser questionado sobre aquelas cenas, disse que não julgaria a atitude do presidente, mas que o distanciamento é bom, e repetiu que as pessoas devem manter o isolamento social, ficar em casa.

11/04/2020, sábado - Ministério da Saúde pede que capitais não relaxem o isolamento.

10/04/2020, sexta-feira - Bolsonaro volta a passear por Brasília, contrariando as recomendações de afastamento social. O presidente primeiro foi ao Hospital das Forças Armadas (HFA), depois a uma farmácia no setor Sudoeste e, por fim, a um prédio residencial, na mesma região. Provocou aglomerações, cumprimentou apoiadores, tirou selfies.

09/04/2020, quinta-feira - Bolsonaro desrespeita orientações para manter o afastamento social e visitou o comércio. Em uma padaria, o presidente abraça funcionários do local, cumprimenta pessoas com abraços e apertos de mão, posa para fotos. Também há sons de vaias e de algumas panelas. Ao chegar ao Alvorada, o presidente comentou a ida ao estabelecimento. “Parei em uma padaria agora para tomar uma coca-cola”, sem mencionar o decreto do governado do DF, permite o funcionamento de padarias, mas proíbe que seja fornecida a comida para consumo no estabelecimento. Ao ser questionado, respondeu: "Eu tenho o direito constitucional de ir e vir. Ninguém vai tolher minha liberdade de ir e vir. Ninguém".

08/04/2020, quarta-feira - No quinto pronunciamento do presidente durante a pandemia, ele disse ter "certeza que a grande maioria" quer voltar a trabalhar e que essa é a orientação dada a todos os ministros, "observadas as normas do Ministério da Saúde". "Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração". Pouco antes do pronunciamento, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que o governo federal não pode derrubar decisões de estados e municípios sobre isolamento social, quarentena, atividades de ensino, restrições ao comércio e à circulação de pessoas. "As consequências do tratamento não podem ser mais danosas que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte". Defendeu também o uso da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. "Fruto de minha conversa direta com o primeiro-ministro da Índia, receberemos até sábado matéria-prima para continuarmos produzindo a hidroxicloroquina, de modo a podermos tratar pacientes da covid-19, bem como malária, lúpus e artrite".

07/04/2020, terça-feira - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ontem, após reunião com Bolsonaro e ministros no Palácio do Planalto, que seguirá no cargo. Segundo Mandetta, a reunião no Planalto serviu para demonstrar que agora o governo "se reposiciona" em relação ao enfrentamento a novo coronavírus. "Tinha gente aqui dentro limpando gaveta, pegando as coisas. Nós vamos continuar porque, continuando, a gente vai enfrentar o nosso inimigo. O nosso inimigo tem nome e sobrenome: é o covid-19", afirmou. E voltou a repetir: "Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar", aformou Mandetta.

06/04/2020, segunda-feira - O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, desabafa, em telefonema a ministros: "Ameaça não dá. O presidente tem de tomar uma decisão".

05/04/2020, domingo - Na porta do Palácio do Alvorada, Bolsonaro disse que alguns ministros viraram "estrelas" e falam "pelos cotovelos". O presidente afirmou também que a caneta dele funciona. Sem mencionar nomes, disse que "a hora deles [em referência a esses ministros] ainda não chegou. Vai chegar". 

05/04/2020, quinta-feira - Bolsonaro e Mandetta tiveram divergências públicas em razão das estratégias para conter a velocidade do contágio pelo novo coronavírus. O presidente defende o que chama de "isolamento vertical", ou seja, isolar somente idosos e pessoas com doenças graves, que estão no grupo de risco, a fim de não paralisar a economia. O ministro é a favor do isolamento amplo, adotado por governadores, pelo qual a recomendação é que as pessoas se mantenham em casa.

02/04/2020, quinta-feira - Divergência com Mandetta: Enquanto o ministro defende o isolamento, assim como orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS), Bolsonaro tem defendido o fim do "confinamento em massa" e a reabertura do comércio. Em entrevista a uma rádio, Bolsonaro afirma: ""O Mandetta já sabe que a gente está se bicando há algum tempo, já sabe disso, eu não pretendo demiti-lo no meio da guerra, não pretendo. Agora, ele é uma pessoa que [...] em algum momento, ele extrapolou. Ele sabe que tem uma hierarquia entre nós, eu sempre respeitei todos os ministros".

31/03/2020, terça-feira - No quarto pronunciamento em cadeia de rádio e TV, o presidente mudou o tom. "Minha preocupação sempre foi salvar vidas. Tanto as que perderemos pela pandemia como aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome". "Não me valho dessas palavras para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia, mas para mostrar que, da mesma forma, precisamos pensar nos mais vulneráveis. Essa tem sido a minha preocupação desde o princípio. O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho, da diarista, do ajudante de pedreiro, do caminhoneiro e dos outros autônomos, com quem venho mantendo contato durante toda minha vida pública?". "Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças pré-existentes. Por outro, temos que combater o desemprego que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres".

31/03/2020, terça-feira - Na porta do Palácio da Alvorada usou a interpretação equivocada da fala do diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, para criticar o isolamento social. "Vocês viram o que o diretor presidente da OMS falou?... "O que ele (Ghebreyesus) disse, praticamente, é que, em especial, os informais, têm que trabalhar. O que acontece? Nós temos dois problemas: o vírus e o desemprego, que não podem ser dissociados. Temos que atacar (os dois) juntos. No entanto, Bolsonaro tirou de contexto a fala de Ghebreyesus. O diretor da OMS afirmou que é preciso prestar auxílio aos trabalhadores que ainda não têm condições de se isolar em casa, e voltou a reforçar a importância do isolamento social. "Cada indivíduo é importante, cada indivíduo é afetado pelas nossas ações. Qualquer país pode ter trabalhadores que precisam trabalhar para ter o pão de cada dia. Isso precisa ser levado em conta", afirmou Ghebreyesus. Em outro trecho, ele ressaltou: "É vital respeitar a dignidade do próximo. É vital que os governos se mantenham informados e apoiem o isolamento", concluiu.

29/03/2020, domingo - O Twitter duas publicações da conta oficial do presidente. No lugar das publicações, feitas na tarde de domingo, aparece a mensagem: "Este tweet não está mais disponível porque violou as regras do Twitter". "O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19." Em um dos vídeos apagados, Bolsonaro conversa com um ambulante, defende que as pessoas continuem trabalhando, e diz para "quem tem mais de 65 ficar em casa". Ele acena positivamente quando uma das pessoas na aglomeração diz que "tem que abrir os comércios e trabalhar normalmente". No segundo vídeo, ele entra em um supermercado, volta a provocar aglomerações, critica as medidas de isolamento e diz para jornalistas que "o país fica imune quando 60, 70% foram infectados" e que um remédio contra o coronavírus "já é uma realidade", sem apresentar comprovação.

29/03/2020, domingo - Bolsonaro contraria recomendação dada no sábado 28/03 pelo ministro da saúde, Henrique Mandetta, e passeia pelo comércio, em Brasília. Provocou aglomerações em umafarmácia, padaria e no Hospital das Forças Armadas. Em outro ponto da cidade (Ceilândia), a aglomeração foi ainda maior. Conversou com alguns idosos, ambulantes, contrariando um decreto do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que determinou o fechamento do comércio até o próximo dia 5.

28/03/2020, sábado - A juíza Laura Carvalho, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, proibiu o governo federal de veicular por quaisquer peças publicitárias a campanha "O Brasil,não pode parar". Divulgado em redes sociais por parlamentares governistas, um vídeo da peça de propaganda sugere a retomada das atividades econômicas paralisadas pela crise do coronavírus. A decisão também proíbe a divulgação de qualquer outra mensagem "que sugira à população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, com fundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório reconhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública”. A Secretaria de Comunicação Social do governo negou a existência de uma campanha e que o vídeo foi produzido "em caráter experimental" para "possível uso" nas redes sociais, mas que a campanha não chegou a ser aprovada.

24/03/2020, terça-feira - Em novo pronunciamento em cadeia nacional na TV, Bolsonaro contraria  tudo o que especialistas e autoridades sanitárias do país e do mundo inteiro vêm pregando como forma de evitar que o novo coronavírus se espalhe. Bolsonaro culpou os meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de "pavor". E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma "gripezinha". "O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar escolas?"  "No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença."

18/03/2020, quarta-feira - Ao lado de ministros, em pronunciamento, o presidente aparece de máscara e diz: "Nosso time está ganhado de goleada. Duvido que quem vier me suceder um dia – acho muito difícil – consiga montar uma equipe como eu montei. E tive a coragem de não aceitar pressões de quem quer que seja. Então, se o time está ganhando, vamos fazer justiça, vamos elogiar seu técnico, e o seu técnico chama-se Jair Bolsonaro”; Bolsonaro pediu à Câmara para que possa decretar estado de calamidade pública; Paulo Guedes anuncia ajuda emergencial de R$ 200; Apesar de o presidente dizer que não convocou ninguém para as manisfestações de 15 de março, aparece um vídeo do dia 7 de março, do presidente em um evento em Boa Vista, (RR) em que diz: "No dia 15 agora, tem um movimento de rua espontâneo, um movimento espontâneo... e político que tem medo de movimento de rua não serve para ser político. Então, participem. Não é movimento contra o Congresso, contra o Judiciário, é um movimento pró-Brasil".

17/03/2020, terça-feira - Bolsonaro diz não querer histeria por conta do vírus: "Não pode ter histeria, é isso o que sempre preguei. Se for para a histeria, fica todo mundo maluco. As consequências serão as piores possíveis. Em alguns países já têm saques acontecendo, isso pode vir para o Brasil. Pode ter aproveitamento político disso, mas a gente não quer pensar nisso daí, mas tem que ter calma. Vai passar. Desculpa aqui. É como uma gravidez, um dia vai nascer a criança. O vírus ia chegar aqui um dia e acabou chegando". Já eram 346 casos confirmados. No mesmo dia, os ministérios da Justiça e Saúde definiram os critérios para situações de quarentena e isolamento compulsórios, prevendo crime por desobediência e contra a saúde pública. ALém disso, o presidente fechou a fronteira com a Venezuela. O presidente critucou a parada dos campenatos de futebol.

16/03/2020, segunda-feira - Bolsonaro, indagado sobre sua atitude durante a manifestação no domingo respondeu que "é um “direito” apertar as mãos de apoiadores e que, caso tenha sido infectado com o novo coronavírus por esse motivo, a “responsabilidade” é dele. “Ninguém tem nada a ver com isso”. Minimizou o perigo da doença: "Não vamos superdimensionar essa questão. Não pode algumas autoridades começar a proibir isso ou aquilo". Existe o perigo, mas está havendo um superdimensionamento nesta questão. Nós não podemos parar a economia. E eu tenho que dar o exemplo em todos os momentos. E fui, realmente, apertei a mão de muita gente em frente ao Palácio, aqui na Presidência da República, para demonstrar que estou com o povo. O povo foi nas ruas, você tem que respeitar a vontade popular. Mesmo que o povo erre, você tem que respeitar a vontade popular. Isso é democracia”.

15/03/2020, domingo - na porta do Palácio do Planalto, Bolsonaro, contrariando recomendações das autoridades de saúde, cumprimentou manifestantes. No dia em que o país divulgou 200 casos da doença, ele se debruçado sobre as grades, apertou a mão das pessoas, mesmo com o risco de estar contaminado com o novo Corona Vírus. Algumas pessoas que o acompanharam a uma viagem aos Estados Unidos testaram positivo. O teste do presidente deu negativo, mas ainda fará outro em alguns dias. Outro fato, é que a manifestação tinha faixas com pedidos contra a Democracia como o fechamento do Congresso e do STF.

12/03/2020, quarta-feira - em pronunciamento, Bolsonaro diz que os movimentos 'legítimos e espontâneos' do dia 15 de março devem ser repensados por causa do aumento da contaminação por Corona Vírus.

06/03/2020, quinta-feira - Cornova Vírus: em pronunciamento, presidente diz que "Ainda que o problema possa se agravar, não há motivo para pânico. Seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas é a melhor medida de proteção".

27/02/2020, quinta-feira - Protestos contra Democracia: Bolsonaro muda versão sobre envio de vídeos. Primeiro disse que "tenho no WhatsApp algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal". Agora, disse que o vídeo postado por ele e revelado pela jornalista Vera Magalhães, do jornal "O Estado de S. Paulo", é de 2015. Atacou a jornalista dizendo que ela era, entre outras coisas, mentirosa e desafiou Vera a provar. Logo após a live na qual Bolsonaro fez tais afirmações, a jornalista publicou os vídeos que recebeu de suas fontes. Os 3 vídeos mostram cenas atuais, o que desmente a versão do presidente de que os vídeos eram de 2015.

25/02/2020, terça-feira - Protestos contra Democracia: Bolsonaro manda Whatsapp a correligionários com vídeo convocando para manifestação, no dia 15 de março, pregando o fechamento do Congresso e do STF.

19/02/2020, quarta-feira - Uma rede social do presidente mostrava o hastiamento da bandeira nacional em frente ao Palácioda Alvorada, quando o áudio captou uma declaração do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno conversandocom o ministro da Economia, Paulo Guedes: "o governo não pode aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo”, se referindo aos parlamentares. Heleno se explicou dizendo que a coversa expunha sua visão sobre "insaciáveis reivindicações de alguns parlamentares por fatias do orçamento impositivo". O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia reagiu: “É uma pena que o ministro com tantos títulos tenha se transformado em um radical ideológico contra a democracia, contra o parlamento”; CPI das Fakes News: Lindolfo Alves Neto, sócio da empresa Yacows, diz que Bolsonaro, Haddad e Meirelles contrataram a empresa que fez disparos em massa para o 3 durante a campanha presidencial.

18/02/2020, terça-feira - Bolsonaro ofende reporter Patrícia Campos Mello. Fazendo referências ao depoimento de Hans River do Nascimento à CPI das Fakes News que disse ter sido assediado pela reporter para obter informações para um matéria, o presidente disse: "Olha, a jornalista da Folha, tem mais um vídeo dela aí. Eu não vou falar aqui porque tem senhora do meu lado. Ela falando eu sou a 'tatata' do PT. Tá certo? E o depoimento do Hans River, foi no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo. Ela queria dar o furo [pausa, pessoas riem] a qualquer preço contra mim. Lá em 2018, ele já dizia que eles chegavam perguntando 'o Bolsonaro pagou para você divulgar informações por Whatsapp?"

05/02/2020, qurata-feira - Bolsonaro assina projeto que visa regulamentar mineração e geração de energia em terras indígenas. Diz que tem sonho de confinar ambientalistas: ""O grande passo depende do parlamento, vão sofrer pressão dos ambientalistas. Esse pessoal do meio ambiente. Se um dia eu puder, eu confino-os na Amazônia, já que ele gostam tanto do meio ambiente, e deixem de atrapalhar os amazônidas aqui de dentro das áreas urbanas"; Na porta do Palácio do Planalto, Bolsonaro desafiou os governadores a zerar o ICMS dos combustíveis. Afirmou que se os governadores zerassem o ICMS, ele iria zerar os impostos federais que incidem sobre os combustíveis. Só não explicou como vai zerar impostos como CIDE e PIS/Cofins, já que não dependem dele.

30/01/2020, quinta-feira - No dia 29/01, Bolsonaro exonera Vicente Santini, do cargo de secretário-executivo da Casa Civil por não ter gostado do secretário usar um avião da FAB para viajar à Índia para encontrar a comitiva presidencial. Santini havia ido à Davos, na Suíça, representar o Brasil no Fórum Econômico Mundial, indo de encontro à comitiva brasileira na Índia, após o evento. No esmo dia, a pedido de filhos do presidente (sic), Bolsonaro admite Santini na mesma Casa Civil, agora como assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo. No dia 30/01, Bolsonaro torna sem efeito o ato de nomeação, o que retira novamente Santini da Casa Civil. Vale ressaltar que tudo isso se deu enquanto o titular da pasta, Onyx Lorenzoni, estava em férias.

24/01/2020, sexta-feira - Desfaz a ideia de separar ministérios da Justiça e Segurança.

22/01/2020 - Ruptura com Moro: admitiu que pode recriar o Ministério da Segurança Pública. A pasta foi fundida com o ministério da Justiça no início do governo e hoje ambas são chefiadas por Sergio Moro. Bolsonaro também disse que, quando chamou Moro, o convite era só para o Ministério da Justiça. Mas, na época, tanto ele quanto o então juiz já afirmavam que as pastas seriam unificadas.

17/01/2020 - Membros do governo: Depois de elogiar em sua live no dia 16/01/2020, o secretário de cultura, Roberto Alvim, "Depois de décadas, agora temos sim um secretário de Cultura de verdade, que atende o interesse da maioria da população brasileira, uma população conservadora e cristã", Bolsonaro foi obrigado a demiti-lo depois de o secretário publicar um vídeo com discurso com frases semelhantes às de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler durante o nazismo.

16/01/2020, quinta-feira - Ataque à imprensa: no mesmo dia em que Federação Nacional dos Jornalistas divulgou um relatório mostrando que a violência contra jornalistas aumentou 50% entre 2018 e 2019, Bolsonaro volta a atacar a imprensa numa cerimônia no Palácio do Planalto destinada a receber cidadãos venezuelanos que fogem da crise em seu país. Bolsonaro chamou a autora do livro "Tormenta: O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos", Thaís Oyama, de japonesa e disse não saber o que ela faz no Brasil. (Porém, Thaís é brasileira nata). "A nossa imprensa tem medo da verdade, deturpa o tempo todo. Quando não conseguem deturpar, mentem descaradamente. E esse o livro dessa japonesa, que eu nem sei o que faz no Brasil, que faz agora contra o governo. São aqueles que o tempo todo trabalham contra a democracia, contra a liberdade". Além disso, disse "Essa imprensa que está aqui agora me olhando, estou sob suas lentes. Comecem a produzir verdades porque só a verdade pode nos libertar. Essa imprensa, não tomarei nenhuma medida para censurá-los, mas tomem vergonha na cara! Deixem nosso governo em paz para poder levar paz, tranquilidade e harmonia ao nosso povo”. Ao final, Bolsonaro ainda disse que a imprensa "precisa começar a vender a verdade". "Essa é a obrigação de vocês, não é nenhum favor, não. Nós temos como mudar o destino do Brasil, concluiu.

06/01/2020, segunda-feira - Ataque à imprensa: na porta do Palácio, declara " Vocês são uma espécie em extinção. Acho que vou botar os jornalistas do Brasil vinculados ao Ibama. Vocês são uma raça em extinção".